Palestras sobre Gestão Judiciária e Planejamento Estratégico encerram Fórum

Uma instituição é muito mais do que um organograma, do queum projeto. Ela é resultado da integração de seres humanos, que somam suasqualificações para agregar valor à humanidade. Com essa afirmação, o consultorem Administração, Marco Aurélio Ferreira Vianna, encerrou o último dia do Fórumde Gestão Judiciária, em palestra sobre como desenvolver um bom PlanejamentoEstratégico.

De acordo com ele, 100% das empresas e instituições quetriunfam no mercado fazem Planejamento Estratégico. E, para que esseplanejamento seja efetivo, apontou que o fator mais importante é a manutençãodo espírito de equipe. Vianna explicou que é preciso identificar as liderançasfortes, sensibilizar todos os colaboradores, desenvolver agentes de mudança,além de manter o clima de harmonia.

 Elogiando a iniciativa de realização do Fórum, o consultorcitou que a metodologia do Planejamento Estratégico do Tribunal está perfeita eque, a partir de agora, é preciso acreditar que é possível fazer o impossível.“A pergunta que norteia um bom planejamento é “por que não?”. É preciso reagirao fatos e também às mudanças, pois são elas que alteram os paradigmas. Maisimportante que planejar é fazer acontecer”, ressaltou Vianna.

Experiência Mineira

O encerramento das atividades do Fórum também teve aparticipação do juiz Antonio de Vasconcelos, do TRT da 3ª Região, convidadopara expor a experiência daquela regional que, após a realização de um encontrosemelhante ao que ali estava ocorrendo, instituiu a criação do SistemaIntegrado de Gestão Judiciária e de Participação da Primeira Instância naAdministração da Justiça do Tribunal Regional do Trabalho da Terceira Região(SINGESPA/TRT3).

O magistrado explicou que a iniciativa surgiu a partir daexigência das metas do CNJ, que mexeu com a rotina jurisdicional. Segundo ele,mesmo com a existência de mecanismos de gestão da Justiça, não havia tempo paraque os magistrados pensassem na jurisdição, diante de processos cada vez maiscomplexos. O primeiro caminho foi, então, a criação de grupos de trabalho enúcleos de cooperação.

Foi a partir do trabalho destes agentes, que vieram à tonatodos os problemas estruturais e de pessoal do Tribunal, surgindo a proposta deconvocação dos magistrados, com paralisação das atividades, para, entre outrosobjetivos, identificar as incongruências procedimentais entre Varas, verificaras experiências exitosas que não eram coletivizadas e, principalmente, para fixardiretrizes de ações conjuntas, relativas a rotinas procedimentais e àjurisdição.

“Conseguimos aprovar 79 diretrizes de ação de toda ordem.Com isso, instituímos, por exemplo, a figura do juiz auxiliar, para planejaraudiências e outros procedimentos. Criamos uma política jurisdicional paracumprimento das Varas e, fundamentalmente, conseguimos que a presidênciapercebesse a importância de investimento na primeira instância, porque é ainterface com a sociedade e onde está a maior demanda”, salientou Vasconcelos.  

Segundo o juiz, o encontro foi decisivo para aimplementação de mudanças no TRT/MG e, nesse sentido, foi criado o SINGESPAque, atualmente, integra a estrutura administrativa do Tribunal. “É um espaçodestinado a promover o diálogo institucional e a participação na gestãojudiciária e na administração da justiça. Com ele, tivemos o fortalecimento daprimeira instância”, disse.

O SINGESPA tem como objetivos operacionais a cooperaçãojudiciária institucionalizada, a integração de estratégias de gestão e administraçãoda justiça, entre os órgãos da primeira instancia, além de primar pela eficiênciaoperacional e garantir a continuidade administrativa.