Na presença de familiares, amigos e representantes do Poder Judiciário, da advocacia e da sociedade em geral, a administração do TRT/RJ prestou uma homenagem ao ministro Arnaldo Lopes Süssekind, falecido no dia 09 de julho, data em que completava 95 anos. A cerimônia aconteceu durante o velório do jurista, no Centro Cultural do TRT/RJ, onde as inúmeras coroas de flores, enviadas por entidades diversas, denotava o enorme carinho e admiração despendidos a ele. Membros da diretoria da Amatra1 e associados estavam presentes para o adeus ao magistrado, reverenciado como ícone da Justiça do Trabalho.
Em nome dos magistrados da Primeira Região, o desembargador Alexandre Agra Belmonte foi convidado a iniciar as homenagens. Amigo de Süssekind e da sua família, traçou um histórico da carreira do ministro, citando sua formação, cargos e conquistas, ao longo de seus mais de setenta anos de atuação. Não deixou de tecer muitos elogios ao jurista, ressaltando que seu brilhantismo está imortalizado nas linhas da CLT e em seus pareceres, livros e artigos.
“Süssekind foi um ser humano empreendedor, generoso, vibrante, idealista, combativo, justo e extremamente ético. Dono de um extenso currículo e de uma vida rica em realizações, sempre lutou, no Brasil e no exterior, onde é igualmente reverenciado, pela regulação das relações de trabalho como elemento de paz, inclusão social e desenvolvimento econômico”, afirmou o magistrado.
O procurador-geral do trabalho, Luís Camargo, representando os membros do MPT/RJ, também enalteceu o vasto currículo de Süssekind, destacando estar honrado por saber que, outrora, o ministro assumiu o cargo de Procurador-Geral da Justiça do Trabalho. Falando sobre as mudanças pelas quais passou o Ministério Público, disse que “hoje, somos um Ministério Público social. Somos assim, porque muitos colaboraram para se alcançar esse perfil e Süssekind foi o mais valoroso daqueles que integraram esse grupo de transição”, disse ele.
Sem poupar elogios e com palavras emocionadas, o ministro João Oreste Dalazen, presidente do TST e do CSJT, ressaltou que a atuação do jurista cooperou, de forma inexcedível, na construção da Justiça do Trabalho no Brasil. Citando um pouco da trajetória de sua carreira, afirmou que o maior mérito de Süssekind não está somente nos cargos que exerceu, mas, também, no legado que deixou para posteridade. “Ninguém contribuiu tanto para a edificação da Justiça do Trabalho. Foi o verdadeiro construtor do Direito do Trabalho. Não esqueceremos jamais que ele dedicou sua vida na busca pelo sonho da dignificação do trabalho no Brasil e da universalização das normas da OIT”, concluiu Dalazen.
Por fim, a neta do ministro, Cláudia Süssekind, proferiu breves palavras, agradecendo pelas mensagens de conforto e de carinho dirigidas ao seu avô e à família. “O pilar da família se foi, mas deixa um legado que perpetuará na vida de todos nós. Meu avô foi um exemplo de ética, justiça e honestidade que, esperamos, sirva de farol para toda humanidade”, afirmou ela.
A presidente do TRT/RJ, desembargadora Maria de Lourdes Sallaberry, encerrou a cerimônia pedindo uma salva de palmas para o ministro Arnaldo Süssekind.