Na manhã do dia 07 de novembro, juízes trabalhistas se reuniram na frente do Fórum da Rua do Lavradio para dar início à mobilização em favor de uma política remuneratória justa. Membros da Associação dos Juízes Federais do Rio de Janeiro e Espírito Santo (AJUFERJES) também participaram do ato. A ação faz parte do ato de protesto “Semana sem Conciliação”, fomentado pela Ajufe e pela Anamatra, que acontece até o próximo dia 14.
Ao longo da manhã, foram distribuídos panfletos explicativos à população. Somente na capital, 51 Varas, das 82 existentes, paralisaram as atividades, significando 62% de adesão ao movimento. No interior, a adesão foi de 35%. As audiências foram adiadas para datas próximas.
A paralisação continuará amanhã (08) e, paralelo a este ato, os juízes estão orientados a não homologar acordos até o dia 14 de novembro, data em que termina a Semana de Conciliação do CNJ. A ideia é que as estatísticas fiquem próximas a zero ponto percentuais.
De acordo com a presidente da Amatra1, Áurea Sampaio, a mobilização é de advertência, com o objetivo de mostrar, à sociedade e às cúpulas, a importância de um Judiciário forte e independente. “Apesar da defasagem salarial, nossa produtividade é crescente. Estamos respondendo positivamente à sociedade, mas queremos nossos direitos garantidos”, afirmou a magistrada, acrescentando que estes atos não serão prejudiciais ao jurisdicionado, pois as audiências acontecerão, ainda que em datas próximas.
Amanhã (08), a concentração de magistrados acontecerá na sede da Justiça Federal do Rio de Janeiro. O presidente da AJUFERJES, Antônio Henrique da Silva, presente no ato de hoje, corroborou a importância do movimento e disse estar satisfeito com a parceria firmada com a Justiça trabalhista nesta luta.
Sobre o Movimento
A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e a Associação Nacional dos Juízes da Justiça do Trabalho (Anamatra) continuam na busca de uma solução consensual para a reposição das perdas inflacionárias ocorridas na remuneração dos magistrados. De qualquer forma, a paralisação foi pensada como forma de demonstração da mobilização dos juízes, além de ser um momento para a reflexão e debate sobre a melhor forma de encontrar a saída para o impasse estabelecido. Nesta semana, foi protocolado, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), um ofício assinado pelas Amatras, o qual contém uma pauta emergencial de reivindicações, aprovada pelo Conselho de Representantes da Anamatra, entre elas a reposição das perdas inflacionárias, a regulamentação da ajuda de custo para auxílio moradia, em índice não inferior a 15%, e o pagamento integral e imediato do passivo do auxílio alimentação .