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Carina Bicalho passa a integrar Comitê Nacional PopRuaJud do CNJ

Magistrada do TRT-1 destaca que o convite representa o reconhecimento da promoção de políticas públicas para pessoas em situação de rua

A desembargadora do Trabalho Carina Rodrigues Bicalho, do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-1), passou a integrar o Comitê Nacional PopRuaJud, conforme a Portaria nº 392/2025, publicada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), nesta segunda-feira (11). O grupo é responsável por coordenar e gerir a Rede Nacional PopRuaJud, dedicada às políticas públicas judiciais de atenção às pessoas em situação de rua. Carina afirmou ter recebido o convite “como um reconhecimento da atuação do TRT-1 na promoção da política pública judicial voltada a essa população”.

A magistrada destacou que o Comitê representa um “espaço interinstitucional potente” e afirmou estar comprometida em contribuir com a redução do impacto social da vulnerabilidade por meio da articulação entre o Judiciário e outras instituições.

O convite à desembargadora foi encaminhado pela juíza auxiliar da Presidência do CNJ e coordenadora executiva do Comitê, Luciana Ortiz. Segundo Carina, a escolha reflete o trabalho do TRT-1 na execução de ações como os mutirões PopRuaJud, o Centro Integrado da População em Situação de Rua (CIPOP), a criação de um fluxo humanizado para o recebimento de reclamações trabalhistas e a articulação de redes voltadas à empregabilidade. “É um problema complexo, que exige dedicação, aprofundamento teórico e articulação para que a atuação do Judiciário seja eficiente”, afirmou.

Instituído pela Portaria nº 180/2022, o Comitê Nacional PopRuaJud foi reformulado pela Portaria nº 392/2025, assinada pelo ministro Luiz Edson Fachin, presidente do CNJ. O colegiado reúne magistrados, membros do Ministério Público, representantes de universidades, organizações sociais e movimentos da população em situação de rua.

A atuação da desembargadora no Comitê se soma às iniciativas regionais do TRT-1 voltadas à inclusão social, entre elas o projeto Reconstrua: Trajetória Cidadã, lançado na sede do tribunal. Coordenado conjuntamente pelo TRT-1 e pelo Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ), o projeto reúne 11 instituições públicas e sociais e tem como meta promover a reinserção profissional de pessoas em situação de rua.

Durante o lançamento, Carina afirmou que o Reconstrua representa “a realização de um sonho”, resultado de mais de um ano de articulações entre diferentes órgãos. A magistrada ressaltou que a proposta nasceu no Comitê Regional PopRuaJud-Rio, com foco em transformar as diretrizes da política nacional em ações concretas. “Nosso papel é articular, juntar instituições, aproximar quem sabe fazer empregabilidade e quem tem estrutura pública para apoiar”, declarou.

O Reconstrua prevê, entre outras medidas, a reserva de vagas em contratos do Poder Judiciário e a realização de eventos de empregabilidade com empresas e sindicatos, além de parcerias para qualificação profissional. Segundo Carina, o projeto busca “criar oportunidades seguras de trabalho e cidadania”, em articulação com movimentos sociais e empresas.

Com a nomeação da desembargadora, o TRT-1 passa a ter representação direta no Comitê Nacional PopRuaJud, fortalecendo o diálogo entre as políticas regionais e as diretrizes nacionais voltadas à promoção da dignidade e à inclusão social de pessoas em situação de rua.

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Série EMAT: Karla Valle analisa a violência no trabalho e a ética nas relações laborais

Assistente social do TRT-1 destaca a relevância do Encontro como espaço multidisciplinar de reflexão e enfrentamento

A AMATRA1 publicou, nesta terça-feira (11), no canal da entidade no YouTube, o vídeo da palestra da assistente social do TRT-1 Karla Valle, durante o 34º Encontro dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 1ª Região (EMAT). No evento, ela analisou as formas contemporâneas de violência nas organizações e defendeu uma abordagem institucional integrada, capaz de articular prevenção, acolhimento, cuidado e responsabilização.

Karla ressaltou que o EMAT cumpre papel essencial ao tratar o assédio moral sob diferentes perspectivas, reunindo magistrados, pesquisadores e profissionais de várias áreas para enfrentar um problema que atravessa dimensões jurídicas, políticas e culturais.

Ao refletir sobre o papel do evento, Karla destacou que discutir a violência no trabalho de modo multidisciplinar é fundamental para compreender a complexidade do fenômeno, que se manifesta tanto nas estruturas de gestão quanto nos padrões de sociabilidade que sustentam condutas abusivas. Segundo ela, o assédio moral “é uma questão econômica e política, facilitada pelo gerencialismo e promotora das mais distintas expressões de sofrimento no trabalho”, o que exige a adoção de políticas institucionais de caráter intersetorial.

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Karlla Valle e presidenta Daniela Muller

Na palestra no EMAT, Karla abordou o impacto das práticas gerenciais e produtivistas sobre a saúde mental e aspectos da convivência no ambiente laboral. Ela defendeu que o enfrentamento da violência deve ir além das respostas formais, incorporando o cuidado com o trabalhador e a revisão crítica das formas de organização do trabalho. A assistente social também destacou que políticas eficazes devem integrar dimensões jurídicas, de acolhimento e de promoção da saúde, de modo a construir relações baseadas no respeito e na ética institucional.

Karla enfatizou ainda que uma cultura organizacional livre de assédio depende da rejeição a modelos gerenciais que desconsideram a dimensão humana do trabalho. Para ela, é indispensável que os critérios de eficiência incluam indicadores de bem-estar, qualidade de vida e reconhecimento. “Nada é mais humanizador das relações de trabalho do que o respeito aos direitos sociais e normas sociais em vigência. Não é necessário inventar a roda”, afirmou.

O painel fez parte da programação do 34º EMAT, realizado nos dias 11 e 12 de setembro no auditório do TRT-1, com o tema “Assédio nas Relações Institucionais e no Ambiente de Trabalho”. A mesa reuniu também o procurador e professor Rodrigo Brandão e a psicanalista Nelisa Guimarães, sob mediação do juiz Felipe Vianna.

As gravações das conferências e mesas do encontro estão sendo disponibilizadas progressivamente no canal da Associação no YouTube, que reúne as discussões promovidas em parceria com a Escola Judicial do TRT-1 sobre ética, dignidade e gestão no serviço público.

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Novos juízes do TRT-1 estreiam com medalhas nos Jogos da Anamatra

Juízes aprovados no II Concurso Nacional Unificado participaram pela primeira vez da competição, em Salvador, já como parte da delegação campeã da AMATRA1

Recém-empossados no TRT-1, quatro magistrados aprovados no II Concurso Público Nacional Unificado estrearam nos Jogos Nacionais da Anamatra, em Salvador, com uma conquista inédita: o título de campeã geral para  a AMATRA1 na 15ª edição do evento. Bruno Peixoto, Gabriel de Seixas, Ana Júlia Silva e Laís Bertolo, que participaram da competição em diferentes modalidades, destacaram a integração e o espírito coletivo como principais aprendizados desta primeira experiência esportiva. Eles conquistaram medalhas no beach tennis e no basquete feminino.

A delegação da 1ª Região somou 2.047 pontos e garantiu o primeiro lugar entre as associações, com 35 medalhas — resultado que marcou a estreia dos novos magistrados nos Jogos Nacionais.

A participação dos juízes recém-chegados ao TRT-1 reforçou o caráter integrador dos Jogos da Anamatra, que reúnem magistrados de todo o país. Entre os estreantes, predominou a percepção de que a competição vai além da disputa por medalhas, servindo como oportunidade para trocar experiências, conhecer colegas de outras regiões e vivenciar o convívio fora do ambiente de trabalho. O grupo destacou que o evento simboliza o início de uma trajetória coletiva dentro da Associação, marcada pelo aprendizado e pela união.

Dupla estreia no beach tennis

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Bruno Peixoto /Jogos Nacionais da Anamatra

Entre os estreantes, Bruno Peixoto e Gabriel de Seixas dividiram a quadra no beach tennis e conquistaram o terceiro lugar na categoria dupla masculina geral. Diretor de Esportes da AMATRA1, Bruno também assumiu a responsabilidade de organizar as equipes da 1ª Região, conciliando a função com a estreia como atleta. Ele afirmou que participar dos Jogos foi “um enorme prazer” e que “foi uma honra incrível assumir a responsabilidade de organizar a delegação e as equipes”. Segundo o magistrado, o desempenho coletivo refletiu o esforço conjunto. “Com a ajuda de todos, alcançamos pela primeira vez a melhor colocação no quadro geral de medalhas”, destacou.

Bruno observou ainda que o nível técnico dos competidores o surpreendeu positivamente e que o resultado pode estimular a adesão de mais colegas nas próximas edições. “O resultado geral no quadro de medalhas vai estimular os novos colegas a participarem dos próximos jogos”, afirmou.

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Gabriel de Seixas/Jogos Nacionais da Anamatra

Gabriel de Seixas compartilhou uma percepção semelhante. Ele descreveu a participação como “uma experiência incrível”, ressaltando que o ambiente esportivo “garantiu a integração de todos, com descontração e cordialidade”. O juiz também relembrou o momento em que a AMATRA1 foi anunciada campeã, apontando a cena como símbolo da união do grupo. “Trago em minha memória a comemoração pela conquista de cada colega e do 1º lugar geral da AMATRA1”, disse, acrescentando que pretende seguir competindo em busca de mais medalhas no futuro.

Basquete feminino fortalece integração

No basquete feminino, as juízas Ana Júlia Silva e Laís Bertolo integraram a equipe que conquistou o terceiro lugar. Ana Júlia contou que não tinha o hábito de praticar esportes, mas aceitou o convite para completar o time. “Mesmo sem tanta experiência, o time mostrou que garra e força de vontade também levam longe”, afirmou. Para ela, os Jogos foram um espaço de descontração e de aproximação com colegas de outras regionais. A magistrada lembrou que o TRT-1 foi a delegação com mais juízes recém-empossados e destacou que, apesar das dificuldades de adaptação à nova rotina, o grupo encontrou tempo para confraternizar.

Laís Bertolo ressaltou que o título e a medalha simbolizam “o empenho coletivo, a confiança mútua e o companheirismo que se formaram dentro e fora da quadra”. Segundo ela, o evento proporcionou trocas de experiências e o fortalecimento de amizades. “Foi emocionante perceber que, mesmo vindos de diferentes realidades e com rotinas tão intensas, conseguimos nos unir por um propósito comum”, afirmou. Para a magistrada, mais do que competir, os Jogos representaram uma oportunidade única de vivenciar o espírito de união que define a nossa categoria.

Com a conquista inédita e a presença marcante dos novos juízes da 1ª Região, a 15ª edição dos Jogos Nacionais da Anamatra consolidou-se como um momento de integração e início de trajetória esportiva dentro da magistratura.

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