A ministra Rosa Weber tomou posse, nesta segunda-feira (12), na presidência do STF e do CNJ. A ministra ingressou na magistratura em 1976, como juíza do Trabalho substituta. Após 46 anos de magistratura, ela sucede o ministro Luiz Fux, e completará 75 anos em outubro de 2023, quando terá de se aposentar compulsoriamente. O ministro Luís Roberto Barroso foi empossado como vice-presidente.
Rosa Weber é a terceira mulher e primeira magistrada de carreira a assumir o cargo, depois de Ellen Gracie e Cármen Lúcia. Ao ser eleita, a ministra disse que pretende desempenhar a função com serenidade e apoio dos demais ministros, sempre na defesa da integridade e da soberania da Constituição e do regime democrático.
Em seu discurso de posse, a presidente afirmou seu compromisso com o Estado Democrático de Direito, a laicidade do Estado e a separação dos Poderes. Rosa Weber expressou repúdio aos discursos de ódio e às práticas de intolerância e defendeu a liberdade de manifestação do pensamento. “Sem um Poder Judiciário independente e forte, sem juízes independentes e sem imprensa livre não há democracia”, disse.
Perfil
Natural de Porto Alegre, Rosa Weber se formou em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS) em 1971. Foi juíza do Trabalho com passagens pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) e Tribunal Superior do Trabalho (TST). Foi indicada para o STF em 2011 pela ex-presidente Dilma Rousseff. Entre 2018 e 2020, foi presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em 10 de setembro de 2020 foi empossada como vice-presidente da Corte e do Conselho Nacional de Justiça.
A importância do equilíbrio e da sobriedade para a Justiça
O presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Luiz Colussi, publicou artigo saudando e destacando a posse da ministra Rosa Weber.
Confira a íntegra do artigo aqui.