Feira de Empregabilidade promove inclusão para pessoas com deficiência

A Comissão de Acessibilidade e Inclusão do TRT-1 (Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região) organizou a 4ª Feira de Empregabilidade para Pessoa com Deficiência. A proposta é a “inclusão no mercado de trabalho, com o preenchimento do maior número de vagas, pelas pessoas que vierem ao Tribunal”, disse a juíza Mônica Cardoso, diretora de Prerrogativas e Direitos da AMATRA1.

A desembargadora Alba Valéria Valéria Guedes Fernandes da Silva, associada da AMATRA1 e coordenadora da Comissão de Acessibilidade, conta que a ideia da Feira surgiu há dois anos. A proposta era o Tribunal atender empresas a fim de promover a inclusão e demonstrar que pessoas com deficiência são capazes e desejam trabalhar.

“Temos procurado ouvir as necessidades das pessoas com deficiência, trazer todos os setores do Tribunal para a Comissão de Acessibilidade. O importante é a sensibilização das pessoas, porque quem não tem deficiência não vive a questão. Então, não conhece a necessidade”, disse a coordenadora.

Na organização do evento realizado nesta terça-feira (25), a Comissão de Acessibilidade e Inclusão teve a parceria do Instituto Rede Incluir, do Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT-RJ) e da Superintendência Regional do Trabalho. 

A servidora Maria Villela, membro da Comissão, falou sobre as barreiras ainda existentes e a necessidade de conscientização.

“A dificuldade principal ainda é a gente romper com o capacitismo, que é estrutural. A expectativa é trazer para dentro do Tribunal pessoas com deficiência, mostrar que a instituição está aberta a essas pessoas”, contou a servidora. 

O encontro contou com a participação de bancos, supermercados e empresas de tecnologia da informação, que ofereceram vagas operacionais, administrativas e de níveis técnico e superior exclusivamente para pessoas com deficiência. A Feira também proporcionou oportunidades de estágio em Psicologia e Serviço Social.

“O trabalho da pessoa com deficiência e a gestão da diversidade”

Em live realizada pelo TRT-1, a desembargadora Alba Valéria discutiu os avanços e desafios da acessibilidade no ambiente de trabalho. A live “O trabalho da pessoa com deficiência e a gestão da diversidade” abordou, especialmente, as experiências de servidores com deficiência no Tribunal. 

“Colocamos sempre a deficiência como limitador. Não quer dizer que você não é capaz de fazer outras tarefas, desde que sejam dadas a você condições para executá-las. As barreiras do dia a dia no trabalho, na casa e nas ruas é que são os dificultadores para a pessoa com deficiência ser plena e poder fazer tudo aquilo que pode fazer”, disse a desembargadora Alba Valéria.

Reprodução da live/Canal do TRT-1 no YouTube

A coordenadora explicou que o objetivo da comissão é não deixar que gestores e servidores enfrentem as dificuldades de acessibilidade sozinhos. Ela afirmou que a comunicação com os gestores enfatiza que a instituição e todos os seus setores devem apoiar a gestão dessas limitações.

“O papel da comissão é justamente esse de não deixar os setores ficarem sozinhos, desamparados. Este é o divisor da Comissão de Acessibilidade: tentar integrar o Tribunal como um todo nessa batalha”, afirmou.

A live, em 5 de junho (5), sofreu problemas técnicos e não pôde ser transmitida ao vivo. Sua publicação só ocorreu no dia 21. Os participantes discutiram a necessidade de adaptações tecnológicas e estruturais para garantir que todos os servidores tenham condições iguais de trabalho.

Além da desembargadora, o encontro reuniu os servidores Maria Villela, Maysa Infante,  João Paulo de Oliveira, Spencer Carnicelli Daltro de Miranda e Álvaro José Ockuizzi de Aguiar, diretor da Seção Especializada em Dissídios Individuais (Sedi).

Foto de capa: da esquerda para direita: Túlio Medeiros, professor no Ines; Antoniel Bastos, presidente do Instituto Rede Incluir; desembargadora Alba Valéria; servidora Maria Villela; e juíza Mônica Cardoso. 

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