Polícia liberta paraguaios em condições análogas à escravidão no Rio

A Polícia Militar (PM) resgatou seis trabalhadores paraguaios em condições análogas à escravidão em uma fábrica clandestina de cigarros no município de Paty do Alferes, no interior do Estado do  Rio de Janeiro.

De acordo com o 10º Batalhão, responsável pelo resgate do grupo na tarde de quarta-feira (24), uma patrulha foi acionada para averiguar se havia uma fábrica de maços falsificados na Estrada do Arrozal (área rural de Paty), conforme apontava denúncia anônima.

Os policiais teriam sido recebidos a tiros em um galpão onde os paraguaios eram explorados. Pelo menos dois criminosos criminosos, ainda segundo a PM, escaparam para uma mata vizinha à propriedade.

Os imigrantes eram forçados a trabalhar sem direitos básicos e mantidos em condições sub-humanas, sem abrigo adequado, mantimentos suficientes e instalações de higiene muito precárias. 

Os paraguaios resgatados relataram que foram atraídos ao Brasil com promessas de emprego. Ao chegarem em São Paulo tiveram os celulares confiscados e foram trazidos para Região Centro-Sul Fluminense, onde a quadrilha os obrigou a trabalhar na fabricação ilegal de cigarros. Após o resgate, a Secretaria de Segurança os encaminhou ao Consulado do Paraguai.

No local, houve a apreensão de um milhão de maços falsos, máquinas utilizadas na produção de cigarros, caixas de produtos destinados à venda e um caminhão para transporte do material. 

O número de trabalhadores resgatados de condições análogas à escravidão no Brasil tem aumentado. Em 2023, foram 3.190 pessoas, a maior quantidade nos últimos 14 anos, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego.

Com informações do jornal O Globo – Foto de capa: Fábrica de cigarros clandestina/Polícia Militar.

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