A AMATRA1 organizou em 2024 ações e eventos estratégicos que refletem seu compromisso na defesa dos direitos dos trabalhadores. Sob a liderança da presidenta Daniela Muller, a Associação protestou contra condições de trabalho precárias, apoiou o combate às condições análogas à escravidão e defendeu a inclusão e o enfrentamento à discriminação no ambiente laboral.
Em um ano de desafios e conquistas, a AMATRA1 se posicionou como voz crítica e propositiva, atuando para consolidar uma Justiça do Trabalho que não apenas defenda os direitos sociais, mas também se adapte às necessidades contemporâneas dos trabalhadores.
Primeiro trimestre
Em janeiro, a AMATRA1 se manifestou contra as condições precárias de trabalho no TRT-1 (Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região). Cerca de 200 participantes fecharam suas câmeras no Fórum de Gestão Virtual durante a fala do corregedor Marcelo Augusto Souto de Oliveira. Daniela Muller destacou a necessidade urgente de melhorias.
A presidenta foi entrevistada pelo jornal “O Globo” no Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo (28 de janeiro). Na ocasião, afirmou que o crime é praticado no Estado do Rio e no Brasil todo.
Ainda em janeiro, a AMATRA1 apoiou o debate sobre o trabalho escravo contemporâneo no Fórum da Justiça do Trabalho, como forma de estreitar o relacionamento entre o Judiciário trabalhista e o meio acadêmico.
Em fevereiro, a nova diretoria da AMATRA1 tomou posse no biênio 2024/2025. Daniela Muller ressaltou o espírito de coletivismo que permeia a Associação e reforçou o compromisso com a defesa dos interesses dos associados. A nova diretoria se comprometeu a continuar lutando pela consolidação de uma Justiça do Trabalho digna e eficiente.
A Associação participou de um ato em defesa da Justiça do Trabalho com juízes, servidores e representantes sindicais para alertar sobre os constantes ataques à instituição. O evento defendeu a relevância da Justiça do Trabalho como pilar de proteção aos direitos sociais.
Participação da vice-presidenta Patrícia Lampert no ato
Segundo trimestre
Em abril, a presidenta em exercício da AMATRA1, Patrícia Lampert, rebateu críticas à produtividade dos juízes de 1º grau feitas pelo corregedor Marcelo Augusto Souto de Oliveira. O posicionamento reforçou o compromisso da AMATRA1 com a valorização do trabalho judicial.
Em maio, associados da AMATRA1 participaram do 21º Congresso Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Conamat), em Foz do Iguaçu (PR). A presidenta e colegas estiveram em paineis e debates sobre temas como o papel da Justiça do Trabalho e os direitos LGBTQIAPN+.
A AMATRA1 promoveu debate sobre o filme “Pureza” no seminário “Assédio e Discriminação: o cativeiro contemporâneo”. Mediado por Daniela Muller, o encontro discutiu a persistência do trabalho análogo à escravidão no Brasil.
Debate sobre o filme “Pureza”
A Associação participou da organização do seminário “Gênero, Inclusão e Perspectivas Antidiscriminatórias no Âmbito da Justiça do Trabalho”. O evento abordou temas como a importância da perspectiva de gênero nas decisões judiciais e as iniciativas para combater discriminação e assédio no ambiente de trabalho.
Em junho, magistrados ativos e aposentados se reuniram para celebrar o aniversário de 61 anos da AMATRA1. O encontro destacou a trajetória da Associação, que se consolidou ao longo das décadas como defensora dos direitos sociais e da Justiça do Trabalho.
Em homenagem ao mês do orgulho LGBTQIAPN+, a AMATRA1 promoveu, em 26 de junho, o evento “Orgulho: Estórias de Cidadania e Empregabilidade LGBTQIAPN+”. Realizado na Biblioteca Ministro Carvalho Júnior, o encontro teve a participação de representantes da comunidade LGBTQIAPN+, que compartilharam suas histórias de superação e inclusão no mercado de trabalho.
Roda de conversa em celebração ao mês do orgulho LGBTQIAPN+
Terceiro trimestre
Julho foi um mês de intensa atividade na AMATRA1, com eventos que fortaleceram os laços entre associados e destacaram temas de relevância social e trabalhista. No dia 5, 20 magistrados aposentados participaram de almoço de confraternização organizado pela Associação.
Naquele dia, a presidenta Daniela Muller recebeu o Prêmio Mulheres que Inspiram, da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. A premiação reconheceu sua atuação em prol dos direitos das mulheres na Justiça do Trabalho.
Ainda em julho, a presidenta criticou publicamente os desdobramentos do modelo de recuperação judicial no Brasil, em entrevista ao portal UOL.
O programa “História, Memórias e Ações Afirmativas”, promovido pelo Subcomitê Regional de Equidade, pela AMATRA1 e pela Escola Judicial do TRT-1, reuniu ministros do TST, magistrados e representantes da sociedade civil para debater discriminação e promover equidade racial, de gênero e diversidade na Justiça do Trabalho.
Ministros do TST participam de programa de memória histórica no Rio
Com visitas ao Cais do Valongo e ao Instituto Pretos Novos, paineis temáticos e encontros com trabalhadores informais, o evento destacou a importância do reconhecimento histórico e da implementação de práticas inclusivas no Judiciário.
Em agosto, a Escola da Associação dos Magistrados do Trabalho da 1ª Região (EMATRA1) deu início às suas atividades com o curso “Execução Simplificada e Descomplicada”. Ministrado pelo juiz Fernando Abreu, o curso reuniu 19 advogados para debater a padronização de pesquisas patrimoniais.
A Associação recepcionou os juízes substitutos do TRT-1 empossados em julho com um coquetel de integração. A presidenta celebrou a chegada dos novos colegas e reforçou o papel da Associação como espaço de acolhimento e apoio à magistratura. Dos 56 novos juízes, 51 se associaram.
Coquetel de boas-vindas para os novos juízes substitutos do TRT-1
Daniela Muller participou do lançamento de três protocolos de julgamento no TST. Ela contribuiu para a elaboração do protocolo voltado ao enfrentamento do trabalho escravo contemporâneo.
Em setembro, a presidenta acompanhou a cerimônia de retorno do Manto Sagrado Tupinambá ao Brasil, no Museu Nacional. O encontro reuniu lideranças indígenas e autoridades, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que destacou o simbolismo espiritual e cultural da devolução.
Quarto trimestre
Em outubro, o ministro Aloysio Corrêa da Veiga tomou posse como presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) no período 2024-2026. Ex-presidente da AMATRA1 e associado, Veiga destacou a importância de enfrentar desafios globais e afirmou que o Judiciário precisa acompanhar as mudanças aceleradas no mundo com pesquisa e atualização constantes.
A 17ª Reunião Científica Trabalho Escravo, promovida pela AMATRA1, fortaleceu o diálogo entre o Judiciário e o ambiente universitário, além de discutir desafios e inovações na Justiça do Trabalho, contando com a participação de pesquisadores e especialistas.
Solenidade de abertura da reunião científica
Em novembro, a Associação participou do 17º Encontro Nacional do Programa Trabalho, Justiça e Cidadania (TJC), em Feira de Santana (BA). Aline Leporaci, uma das coordenadoras do TJC no Rio, destacou o impacto do programa na conscientização de direitos entre jovens.
Neste mês, organizado pela Comissão de Acessibilidade e Inclusão do TRT-1 e pela AMATRA1, o encontro “Vidas além da cota: um bate-papo sobre inclusão” reuniu magistrados, servidores e representantes da sociedade civil para refletirem sobre os desafios enfrentados por pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
Roda de conversa “Vidas além da cota”
Recesso
A AMATRA1 entrará em recesso de 20 de dezembro de 2024 a 6 de janeiro de 2025. Durante o período, não haverá atividades administrativas presenciais na Associação.
Retornaremos com as atividades normais em 6 de janeiro, prontos para continuar a atender as demandas dos associados e promover iniciativas em prol da Justiça do Trabalho.
Foto de capa: Nova diretoria no biênio 2024/2025/Bel Junqueira.
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