TRT-1 promove 15º Fórum de Gestão Judiciária

O TRT-1 (Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região) deu início, nesta segunda-feira (13), ao 15º Fórum de Gestão Judiciária. Promovido anualmente pela Escola Judicial do TRT-1 (Ejud1), o fórum reúne magistrados da instituição para debater questões centrais da gestão e do cotidiano do trabalho judiciário. A juíza Mônica Cardoso, 1ª diretora de Prerrogativas e Direitos da AMATRA1, representou a Associação na abertura do evento. 

Durante sua fala, a juíza enfatizou a parceria da AMATRA1 com a Escola Judicial e os esforços conjuntos para promover atividades de formação contínua para juízes no Rio de Janeiro. Mônica também abordou questões críticas enfrentadas pelo Tribunal, como a defasagem no quadro de juízes e a necessidade de melhorias estruturais e administrativas.

Juíza Mônica Cardoso representa AMATRA1

“As juízas e juízes deste regional não têm medido esforços para manter e aprimorar com eficiência a jurisdição trabalhista no Estado do Rio de Janeiro. É fundamental que a gestão que se inicia se comprometa não só com números, mas fundamentalmente com a forma através da qual eles são alcançados. Todos se esforçam e querem um Tribunal de excelência e humano”, afirmou Mônica Cardoso ao reforçar a importância de investir na magistratura de primeiro grau e de promover uma gestão transparente e colaborativa. 

O primeiro dia começou com um café de boas-vindas, seguido pela mesa de abertura, em que a direção do tribunal apresentou um balanço da gestão do biênio 2022-2024. Além disso, foram compartilhadas as perspectivas e planos para o biênio 2025-2027, apresentados pelo novo presidente do Tribunal, desembargador Roque Lucarelli Dattoli, e pelo corregedor Álvaro Luiz Carvalho Moreira.

Na sequência, a desembargadora Sayonara Grillo Coutinho, associada da AMATRA1 e nova diretora da Escola Judicial, abordou os objetivos e estratégias da instituição para os próximos dois anos. Ela falou sobre suas expectativas para a nova gestão. 

Discurso da desembargadora Sayonara Grillo

“A Ejud continuará sendo um espaço de formação continuada em uma perspectiva transdisciplinar, reflexiva, que pensa a utilidade, que pensa a eticidade, que pensa a solução de conflitos a partir de uma interação entre o direito e a sociedade. A Escola manterá uma atuação de continuidade de sucesso das práticas anteriores pedagógicas, mas que a gente possa também orientar a missão da Justiça do Trabalho, que é solucionar conflitos do trabalho num mundo complexo e assegurar e realizar justiça social”, disse. 

Em seu discurso, a desembargadora ainda assumiu o compromisso de estimular um ambiente participativo de aprendizado para integrar vivências práticas e reflexões sobre o mundo do trabalho, que enfrenta desafios como precarização, assédio e discriminação. Com foco na alteridade, ética e soluções de conflitos, a nova direção pretende formar magistrados que saibam responder às demandas sociais com sensibilidade, escuta ativa e competência jurídica.

À tarde, a programação foi dedicada ao painel sobre otimização de rotinas nas Varas do Trabalho, conduzido pela juíza Jéssica Grazielle Andrade Martins, do TRT-3ª, com mediação da juíza Fernanda Stipp, também associada. A atividade buscou explorar formas de aprimorar a eficiência no atendimento e gestão processual. As discussões seguirão até o quarta-feira (15), em formato telepresencial síncrono.

Foto de capa: mesa de abertura da esquerda para a direita: juiz Marcelo Lanzana e desembargadores Marcelo Augusto Souto, Leonardo Pacheco e César Marques Carvalho.

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