Prêmio Anamatra de Direitos Humanos é entrege à Escola de Música AMC

A cerimônia de entrega do Prêmio Anamatra de Direitos Humanos 2024 ao projeto Escola de Música AMC foi realizada nesta sexta-feira (7). Vencedora na Categoria Cidadã, a iniciativa se destaca por promover a profissionalização de jovens da Baixada Fluminense através da música, oferecendo aulas de violão, cavaquinho, clarinete e outros instrumentos. A coordenadora do projeto, Lena de Souza, recebeu o troféu das mãos da juíza Patrícia Pereira de Sant´Anna, diretora de Cidadania e Direitos Humanos da Anamatra.

O projeto da Associação do Movimento Compositores da Baixada Fluminense (AMC), entidade sem fins lucrativos fundada em 1991 em São João de Meriti, foi considerado de grande impacto social. As  aulas de música estão abertas a crianças e jovens, de 8 a 18 anos. 

A Anamatra reconheceu o projeto na  11ª edição do Prêmio Anamatra de Direitos Humanos, no início de dezembro de 2024. Na ocasião, Daniela Muller representou a escola durante a premiação em Brasília.  

“A música é a resistência dos que foram oprimidos. É muito importante que os alunos da escola conheçam e tenham esse contato. Em vários momentos da história, quando não era possível se expressar, o canto foi muito importante”, afirmou a juíza do Trabalho.

A coordenadora Lena de Souza  esteve presente ao lado dos integrantes da escola, Ronilse de Souza e Miriam Araújo. Ela afirmou que a comunidade se sente muito orgulhosa pelo reconhecimento da relevância da iniciativa social. 

“Estar voltado para projetos sociais é uma coisa importantíssima no Brasil, onde existe uma discrepância muito grande entre as pessoas. O nosso maior desafio é o reconhecimento, fazer com que uma  comunidade que está lá no cantinho seja vista. Este prêmio tem uma importância fundamental para aquelas mães, pais e crianças porque modifica realidades”, disse.

A juíza Patrícia Pereira de Sant´Anna ressaltou que a defesa dos direitos sociais e trabalhistas faz parte do estatuto da associação e que os direitos humanos são uma causa essencial para a entidade. O ex-presidente da AMATRA1 e atual secretário-geral da Anamatra, Ronaldo Callado, também esteve presente. 

O juiz André Villela e a juíza Áurea Sampaio (diretora-adjunta de Aposentados e Pensionistas), integrantes da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Anamatra, tiveram um papel fundamental no processo de seleção dos vencedores do prêmio. Eles avaliaram os trabalhos inscritos e ajudaram   a identificar aqueles com maior impacto social. O processo foi altamente competitivo até a etapa final, quando um júri qualificado escolheu os vencedores de cada categoria.

Foto de capa: Rolando Callado, Lena de Souza, Patrícia Pereira de Sant´Anna e Daniela Muller.

Leia mais: Empresa é condenada a indenizar trabalhadora demitida por danos morais

Anamatra abre processo eleitoral para o biênio 2025-2027

Ferramenta do CNJ monitora jovens em medida socioeducativa no Brasil