Conselho Superior da Justiça do Trabalho lança sua própria inteligência artificial

O Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) apresentou, na última segunda-feira (3), uma nova ferramenta de inteligência artificial generativa para automatizar consultas a processos e atividades da instituição. Chamado de Chat-JT, o sistema oferece suporte a magistrados e servidores e tem foco no aumento da eficiência e produtividade. O objetivo é proporcionar acesso mais ágil a jurisprudências e disponibilizar recursos para a análise documental e a elaboração de ementas.

Durante a sessão de abertura do ano judiciário, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho e do CSJT, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, anunciou o lançamento da tecnologia e destacou a importância da incorporação de novas soluções para a modernização da Justiça do Trabalho. Segundo ele, o uso da inteligência artificial pode garantir mais autonomia e segurança em processos internos.

Diferentemente de outras inteligências artificiais do mercado, o Chat-JT foi desenvolvido exclusivamente para uso em direito trabalhista. O sistema dispõe de  um amplo banco de dados sobre legislação, jurisprudência e normativas, além de integrar-se a bases institucionais para facilitar pesquisas processuais e administrativas. O projeto também atende a requisitos de segurança e privacidade, restringindo o acesso às informações a usuários autorizados.

Os usuários acessam o Chat-JT através de  navegadores de internet, com credenciais autenticadas pela instituição. O link para utilização da plataforma será disponibilizado através do e-mail funcional dos servidores. 

Gemini e Monitor Trabalho Decente já agilizam rotinas  

A Justiça do Trabalho vem incorporando a inteligência artificial a seus processos e, além do Chat-JT, já utiliza outras ferramentas importantes, como o Gemini e o Monitor Trabalho Decente.

O Gemini, integrado ao Processo Judicial Eletrônico (PJe), é resultado do Hackathon Inova, uma maratona tecnológica de 52 horas, realizada no TRT-12 (SC) em 2019, que trabalhou em novas tecnologias para a Justiça do Trabalho. O dispositivo utiliza inteligência artificial para agrupar documentos e recursos ordinários por similaridade de temas.

Já o Monitor Trabalho Decente, criado em 2022, analisa petições iniciais e recursos protocolados, emitindo alertas automáticos quando identifica temas sensíveis, como trabalho infantil, assédio sexual ou condições análogas à escravidão. A ferramenta também organiza os dados em painéis de Business Intelligence (BI).

Com informações e foto do CSJT.

Leia mais: Feijoada do Leão reúne Amatra1 em noite animada na quadra da Estácio

Empresa é condenada a indenizar trabalhadora demitida por danos morais

Daniela Muller debate protocolos de combate ao trabalho escravo