07 de abril de 2025 . 11:23
AMATRA1 cria grupo virtual para fortalecer atuação feminina no Judiciário

Com o objetivo de promover um ambiente de troca de experiências, a AMATRA1 lançou um grupo virtual voltado exclusivamente para as magistradas associadas, que vai discutir temas relacionados à condição da mulher no Judiciário. A proposta é criar um espaço de apoio e compartilhamento de vivências de trabalho, família e até de lazer. Outro foco é provocar reflexões e pensar soluções coletivas para as dificuldades do exercício da profissão.
A iniciativa surgiu da percepção dos desafios estruturais enfrentados pelas magistradas que precisam conciliar carreira e vida pessoal, em um ambiente ainda marcado pelo machismo. Uma das idealizadoras do projeto, a juíza Glaucia Alves Gomes destaca que a sobrecarga doméstica continua a recair, de forma desproporcional, sobre as mulheres.
“Nós magistradas temos duas dificuldades principais: a primeira é conciliar o trabalho com as demandas familiares que, como regra geral, sempre sobrecarregam as mulheres muito mais que os homens, e a segunda é a existência de um machismo estrutural. Uma situação que, não raro, leva ao desrespeito de colegas. Apesar de não partir de dentro do nosso TRT, essa é uma questão”, afirma. Ela destacou que magistradas mais jovens são as que mais lidam com abusos no ambiente de trabalho.
A inspiração veio de grupos semelhantes, como o "Mulheres no Poder", que reúne magistradas de diferentes áreas do Judiciário. Outras associações regionais também já adotaram espaços virtuais para estimular debates de gênero.
A juíza Natália Queiroz Cabral, que concebeu o grupo junto com Gláucia, ressaltou que a magistratura, muitas vezes, pode ser uma carreira solitária, tornando essencial a existência de um canal de comunicação acessível.
“Os desafios enfrentados pelas colegas são muitos, em razão de fatores culturais muito arraigados na sociedade brasileira, como as consequências do patriarcado, da misoginia e das múltiplas discriminações que são suportadas pelas mulheres”, observa a juíza.
A criação do espaço reflete um movimento mais amplo de fortalecimento das magistradas diante de barreiras culturais e estruturais ainda presentes na carreira. A expectativa é que a troca de experiências não só contribua para a superação desses obstáculos como também para impulsionar a construção de um ambiente mais justo e igualitário na Justiça do Trabalho.
Para participar, basta entrar no link enviado pela lista de transmissão. As juízas também podem pedir acesso aos contatos corporativos da Associação.
Leia mais: Justiça do Trabalho homologa acordo com impacto social em Duque de Caxias
Igualdade: Anamatra altera nome para incluir expressamente “magistradas”
Desigualdade feminina no trabalho pode levar dois séculos para ser superada < VOLTAR
A iniciativa surgiu da percepção dos desafios estruturais enfrentados pelas magistradas que precisam conciliar carreira e vida pessoal, em um ambiente ainda marcado pelo machismo. Uma das idealizadoras do projeto, a juíza Glaucia Alves Gomes destaca que a sobrecarga doméstica continua a recair, de forma desproporcional, sobre as mulheres.
“Nós magistradas temos duas dificuldades principais: a primeira é conciliar o trabalho com as demandas familiares que, como regra geral, sempre sobrecarregam as mulheres muito mais que os homens, e a segunda é a existência de um machismo estrutural. Uma situação que, não raro, leva ao desrespeito de colegas. Apesar de não partir de dentro do nosso TRT, essa é uma questão”, afirma. Ela destacou que magistradas mais jovens são as que mais lidam com abusos no ambiente de trabalho.
A inspiração veio de grupos semelhantes, como o "Mulheres no Poder", que reúne magistradas de diferentes áreas do Judiciário. Outras associações regionais também já adotaram espaços virtuais para estimular debates de gênero.
A juíza Natália Queiroz Cabral, que concebeu o grupo junto com Gláucia, ressaltou que a magistratura, muitas vezes, pode ser uma carreira solitária, tornando essencial a existência de um canal de comunicação acessível.
“Os desafios enfrentados pelas colegas são muitos, em razão de fatores culturais muito arraigados na sociedade brasileira, como as consequências do patriarcado, da misoginia e das múltiplas discriminações que são suportadas pelas mulheres”, observa a juíza.
A criação do espaço reflete um movimento mais amplo de fortalecimento das magistradas diante de barreiras culturais e estruturais ainda presentes na carreira. A expectativa é que a troca de experiências não só contribua para a superação desses obstáculos como também para impulsionar a construção de um ambiente mais justo e igualitário na Justiça do Trabalho.
Para participar, basta entrar no link enviado pela lista de transmissão. As juízas também podem pedir acesso aos contatos corporativos da Associação.
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