24 de agosto de 2021 . 13:00
AMATRA1 lança e-book ‘Mulheres, por elas mesmas’, em live na sexta (27)
Elaborada pela Diretoria de Cidadania e Direitos Humanos da AMATRA1, a coluna “Mulheres, por elas mesmas”, publicada em março deste ano no site da associação, foi transformada em um e-book. A obra reúne seis artigos escritos por magistradas do TRT-1, sobre diferentes prismas da luta feminista. O lançamento será na live “Escrita criativa e as mulheres por elas mesmas”, nesta sexta-feira (27), com a participação das autoras Giselle Bondim, Márcia Leal, Ana Larissa Caraciki, Áurea Sampaio e Daniela Muller, e da escritora e pedagoga Janaína Nascimento. A transmissão será pelo canal da AMATRA1 no YouTube e no Facebook, a partir das 17h. Baixe o e-book ao fim da matéria.
Os textos foram publicados no site e nas redes sociais da AMATRA1 em março, como uma ação pelo mês do Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8. A partir de uma obra literária ou cinematográfica, as magistradas convidadas trataram de diferentes formas de opressão impostas às mulheres na sociedade.
Leia mais: Cartilha do Trabalhador em Quadrinhos atualizada será lançada nesta terça (24)
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A juíza Bárbara Ferrito, diretora de Cidadania e Direitos Humanos adjunta para Raça, Gênero e Diversidade, explicou que a proposta do projeto era exercitar a empatia e a sensibilidade. “Nosso objetivo foi estimular a reflexão sobre questões contextuais ao Direito através da escrita criativa de algumas juízas, que falariam sobre a condição da mulher a partir de um olhar feminino. Foi um exercício para quem escreveu e também para quem leu, que muitas vezes se deparou com uma escrita mais íntima e visceral, o que não é comum no nosso meio”, afirmou.
Para a desembargadora Carina Bicalho, os artigos são “pílulas de antídotos para os venenos machistas que correm nas veias de nossa sociedade” e, para facilitar e aumentar o alcance dos textos, foram agrupados no e-book. “Queremos que sejam ouvidas, lidas e relidas. Agradecemos as autoras que, generosamente, compartilharam de si, esperando que os leitores gostem da experiência de ouvir a voz de mulheres despertas, ler os livros e assistir aos filmes por elas indicados.”
Mulheres como protagonistas de temas atuais
A juíza Áurea Sampaio, ex-presidente da AMATRA1, inaugurou a coluna, em 1º de março. Inspirada pelo filme “Vidas Partidas” (2016), produziu o artigo “Os impactos da violência doméstica no trabalho da mulher”. Áurea optou abordar o tema pela perspectiva econômica, “para alertar que os seus impactos extrapolam as esferas criminal e familiar, e, principalmente, demonstrar que a luta contra este mal é de interesse de todos”.
“Com muito orgulho e satisfação, participei desta iniciativa da Diretoria de Direitos Humanos da AMATRA1. As diversas violências a que as mulheres são submetidas diariamente e as constantes tentativas de redução dos seus direitos devem ser pautas de discussão permanente, em especial neste momento de grave crise que estamos atravessando”, disse.
Autora do texto “A invisibilização do trabalho doméstico das mulheres”, a desembargadora Giselle Bondim ressaltou que, em uma sociedade repleta de desigualdades sociais, expor a situação de todas as pessoas que sofrem com a injustiça social é uma forma de buscar soluções. Ela usou como ponto de partida para seu artigo os livros “A vida invisível de Eurídice Gusmão”, de Martha Batalha, e “O Lado Invisível da Economia: uma visão feminista”, de Katrine Marçal.
“A iniciativa da AMATRA1 dá voz às juízas para tratar de questões femininas como violência doméstica, trabalho doméstico e profissional, educação e machismo. E, ao levar os artigos para o e-book e o e-book para uma ‘live’, observa-se o propósito de romper fronteiras e de permitir que as reflexões não fiquem ‘fechadas’ em grupos de juízes, permitindo um intercâmbio de experiências e um debate mais amplo.”
A partir da análise do filme iraniano “O Apartamento” (2016), a juíza Márcia Leal escreveu “Lar ou prisão?”, tratando o tema da violência, que vitima mulheres todos os dias, ao longo dos séculos. “Não só a violência física, tão reconhecida por todos, mas também a emocional, que reduz as mulheres a uma odiosa posição de inferioridade perante os homens, inclusive os de sua própria família: pais, irmãos, tios, maridos, padrastos etc”, pontuou.
Márcia classifica como uma “luta árdua e incessante” a necessidade de convencer, diariamente, a sociedade de sua igualdade e capacidade, como pessoa humana e como profissional. Ela ficou honrada com o convite da Diretoria da AMATRA1 para participar do projeto. “Desse evento, nasceu o e-book, que, em minha suspeita opinião, ficou muito especial. E não é ‘coisa de mulher’. É obra para ‘todes’ os seres pensantes. Leiam com o coração e reconheçam-se.”
O estudo como principal instrumento na busca por uma sociedade igualitária foi abordado em “A arma da mulher é a educação”, pela juíza do Trabalho Ana Larissa Lopes Caraciki Montenegro. A autora foi motivada pelo livro “A Menina da montanha”.
“É uma honra estar nesta obra ao lado de colegas que admiro, reafirmando nossos valores e anseios como mulheres e magistradas. Se hoje temos esta oportunidade e este espaço, é porque pudemos receber formação educacional adequada, e por isso achei importante abordar o tema”, destacou Ana Larissa.
Além dos artigos mencionados, também integram o e-book o texto “Conversa com as Juízas – Um ponto de vista”, escrito pela desembargadora aposentada Aurora Coentro a partir dos livros “Equador” e “Rio das Flores”; e a obra “O martelo da feiticeira e o fogo de chão: uma breve análise”, das juízas Áurea Sampaio e Daniela Muller, que não fez parte da coluna, mas trata das questões de gênero. Passando pela leitura de “O Calibã e a Bruxa”, elas pontuaram o machismo ao analisar as diferenças nas críticas proferidas em artigos de um juiz do Trabalho, quando direcionadas a magistrados de gêneros diferentes. A obra foi veiculada no site da AMATRA1 e no portal ConJur.
Clique aqui para baixar o e-book.
Lançamento do e-book “Mulheres, por elas mesmas”
Data: 27 de agosto de 2021, sexta-feira
Horário: a partir das 17h
Local: canal da AMATRA1 no YouTube e no Facebook < VOLTAR
Os textos foram publicados no site e nas redes sociais da AMATRA1 em março, como uma ação pelo mês do Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8. A partir de uma obra literária ou cinematográfica, as magistradas convidadas trataram de diferentes formas de opressão impostas às mulheres na sociedade.
Leia mais: Cartilha do Trabalhador em Quadrinhos atualizada será lançada nesta terça (24)
Anamatra divulga nota em defesa da independência entre os Poderes
Programas da MP 1.045 promovem discriminação, diz juíza à Rádio Nacional
A juíza Bárbara Ferrito, diretora de Cidadania e Direitos Humanos adjunta para Raça, Gênero e Diversidade, explicou que a proposta do projeto era exercitar a empatia e a sensibilidade. “Nosso objetivo foi estimular a reflexão sobre questões contextuais ao Direito através da escrita criativa de algumas juízas, que falariam sobre a condição da mulher a partir de um olhar feminino. Foi um exercício para quem escreveu e também para quem leu, que muitas vezes se deparou com uma escrita mais íntima e visceral, o que não é comum no nosso meio”, afirmou.
Para a desembargadora Carina Bicalho, os artigos são “pílulas de antídotos para os venenos machistas que correm nas veias de nossa sociedade” e, para facilitar e aumentar o alcance dos textos, foram agrupados no e-book. “Queremos que sejam ouvidas, lidas e relidas. Agradecemos as autoras que, generosamente, compartilharam de si, esperando que os leitores gostem da experiência de ouvir a voz de mulheres despertas, ler os livros e assistir aos filmes por elas indicados.”
Mulheres como protagonistas de temas atuais
A juíza Áurea Sampaio, ex-presidente da AMATRA1, inaugurou a coluna, em 1º de março. Inspirada pelo filme “Vidas Partidas” (2016), produziu o artigo “Os impactos da violência doméstica no trabalho da mulher”. Áurea optou abordar o tema pela perspectiva econômica, “para alertar que os seus impactos extrapolam as esferas criminal e familiar, e, principalmente, demonstrar que a luta contra este mal é de interesse de todos”.
“Com muito orgulho e satisfação, participei desta iniciativa da Diretoria de Direitos Humanos da AMATRA1. As diversas violências a que as mulheres são submetidas diariamente e as constantes tentativas de redução dos seus direitos devem ser pautas de discussão permanente, em especial neste momento de grave crise que estamos atravessando”, disse.
Autora do texto “A invisibilização do trabalho doméstico das mulheres”, a desembargadora Giselle Bondim ressaltou que, em uma sociedade repleta de desigualdades sociais, expor a situação de todas as pessoas que sofrem com a injustiça social é uma forma de buscar soluções. Ela usou como ponto de partida para seu artigo os livros “A vida invisível de Eurídice Gusmão”, de Martha Batalha, e “O Lado Invisível da Economia: uma visão feminista”, de Katrine Marçal.
“A iniciativa da AMATRA1 dá voz às juízas para tratar de questões femininas como violência doméstica, trabalho doméstico e profissional, educação e machismo. E, ao levar os artigos para o e-book e o e-book para uma ‘live’, observa-se o propósito de romper fronteiras e de permitir que as reflexões não fiquem ‘fechadas’ em grupos de juízes, permitindo um intercâmbio de experiências e um debate mais amplo.”
A partir da análise do filme iraniano “O Apartamento” (2016), a juíza Márcia Leal escreveu “Lar ou prisão?”, tratando o tema da violência, que vitima mulheres todos os dias, ao longo dos séculos. “Não só a violência física, tão reconhecida por todos, mas também a emocional, que reduz as mulheres a uma odiosa posição de inferioridade perante os homens, inclusive os de sua própria família: pais, irmãos, tios, maridos, padrastos etc”, pontuou.
Márcia classifica como uma “luta árdua e incessante” a necessidade de convencer, diariamente, a sociedade de sua igualdade e capacidade, como pessoa humana e como profissional. Ela ficou honrada com o convite da Diretoria da AMATRA1 para participar do projeto. “Desse evento, nasceu o e-book, que, em minha suspeita opinião, ficou muito especial. E não é ‘coisa de mulher’. É obra para ‘todes’ os seres pensantes. Leiam com o coração e reconheçam-se.”
O estudo como principal instrumento na busca por uma sociedade igualitária foi abordado em “A arma da mulher é a educação”, pela juíza do Trabalho Ana Larissa Lopes Caraciki Montenegro. A autora foi motivada pelo livro “A Menina da montanha”.
“É uma honra estar nesta obra ao lado de colegas que admiro, reafirmando nossos valores e anseios como mulheres e magistradas. Se hoje temos esta oportunidade e este espaço, é porque pudemos receber formação educacional adequada, e por isso achei importante abordar o tema”, destacou Ana Larissa.
Além dos artigos mencionados, também integram o e-book o texto “Conversa com as Juízas – Um ponto de vista”, escrito pela desembargadora aposentada Aurora Coentro a partir dos livros “Equador” e “Rio das Flores”; e a obra “O martelo da feiticeira e o fogo de chão: uma breve análise”, das juízas Áurea Sampaio e Daniela Muller, que não fez parte da coluna, mas trata das questões de gênero. Passando pela leitura de “O Calibã e a Bruxa”, elas pontuaram o machismo ao analisar as diferenças nas críticas proferidas em artigos de um juiz do Trabalho, quando direcionadas a magistrados de gêneros diferentes. A obra foi veiculada no site da AMATRA1 e no portal ConJur.
Clique aqui para baixar o e-book.
Lançamento do e-book “Mulheres, por elas mesmas”
Data: 27 de agosto de 2021, sexta-feira
Horário: a partir das 17h
Local: canal da AMATRA1 no YouTube e no Facebook < VOLTAR
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