26 de junho de 2024 . 18:19
AMATRA1 promove debate sobre cidadania LGBTQIAPN+
Em celebração ao mês do orgulho LGBTQIAPN+, a AMATRA1 organizou o evento “Orgulho: Estórias de Cidadania e Empregabilidade LGBTQIAPN+”. O encontro se propôs a dar voz a pessoas com vivências diferentes e contar histórias de cidadania e empregabilidade dentro da comunidade, como relata o juiz Felipe Vianna Rossi Araujo, 2º diretor cultural da associação.
“Nesta semana tem a celebração do Dia do Orgulho LGBTQIAPN+. Cada letra desta sigla tem uma representação distinta, onde o outro não consegue ter voz por ela. O objetivo é justamente dar voz, abrir as portas do Tribunal para essas pessoas poderem ter acesso à informação, às instituições e à cultura”, afirmou o magistrado que mediou a roda de conversa.
A presidenta Daniela Muller participou da mesa de abertura do debate com os desembargadores Roque Lucarelli e Márcia Leal. Ela mencionou a criação de um protocolo de julgamento antidiscriminatório pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho), a ser lançado em agosto, e enfatizou que o Direito do Trabalho sempre buscou proteger os menos privilegiados. Também destacou que o emprego é uma fonte de realização e inserção social e expressou a esperança de que o evento seja o início de ações contínuas para promover a igualdade e a inclusão.
“Não podemos fingir que todo mundo é igual perante a Deus, que todos têm o mesmo acesso aos postos de trabalho, às condições de trabalho, às oportunidades. Muitas vezes, o mero e simples preconceito não tem nenhum impedimento para que essas pessoas se integrem, mostrem e construam a sua vida”, disse a presidenta.
Mesa de abertura do evento com os desembargadores Roque Lucarelli e Márcia Leal e a presidenta Daniela Muller
O evento foi promovido em parceria com o Subcomitê de Equidade de Raça, Gênero e Diversidade do TRT-1 (Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região), nesta quarta-feira (26), na Biblioteca Ministro Carvalho Júnior.
Entre os convidados que compartilharam suas histórias estavam Rochelly Rangel, Juliana Vinchon, Aline Raposo e Francys Machado.
Rochelly Rangel, mulher trans nascida em São Paulo que enfrentou dificuldades para ter a carteira de trabalho assinada e diversas formas de exclusão ao longo de 16 anos como cabeleireira, destacou sua trajetória de superação e o sucesso atual como embaixadora da ONG “A Casinha Acolhida”. Ela é campeã do reality show Bar Aberto, responsável pela carta de drinks do hotel Hilton Copacabana e parceira de marcas renomadas.
Roda de conversa. Da esquerda para a direita: juiz Felipe Vianna, Francys Machado, Aline Raposo, Rochelly Rangel e Juliana Vinchon
Juliana Vinchon, estudante de psicologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), falou sobre a importância de um olhar inclusivo para pessoas LGBTQIAP+ na educação e no mercado de trabalho. Ela citou a necessidade de entender o termo “cisnorma” e reconhecer os privilégios cis, sublinhando a violência e a exclusão histórica enfrentada por corpos trans.
Francys Machado, também mulher trans, expôs a perspectiva de quem veio do interior do Amapá e hoje trabalha como garçonete no Rio. Ela compartilhou sua trajetória marcada por desafios desde a infância difícil até a mudança para o Rio em 2015. Enfrentou discriminação no mercado de trabalho devido à identidade trans.
Aline Raposo narrou como foi se descobrir uma pessoa lésbica e os desafios de manter o segredo em ambientes de trabalho. Após anos de namoro à distância, ela decidiu se mudar para o Rio, onde encontrou ambiente mais acolhedor. Em seu trabalho no TRT-1, encontrou apoio e celebrou a aceitação plena ao ser acolhida pela equipe da Vara de Teresópolis.
“Todo mundo quer ter um emprego, obviamente. As pessoas precisam ter um emprego. Mas o LGBT precisa quatro vezes mais. Porque para o LGBT o emprego é questão de vida ou morte. Não é questão de ter o salário ou não ter o salário. É questão de estar na rua ou não.”
Foto de capa:Roda de conversa do evento.
Leia mais: Feira de Empregabilidade promove inclusão para pessoas com deficiência
Instituições firmam acordo para notificação de acidentes de trabalho
Tribunal reconhece amamentação como trabalho para remição de pena < VOLTAR
“Nesta semana tem a celebração do Dia do Orgulho LGBTQIAPN+. Cada letra desta sigla tem uma representação distinta, onde o outro não consegue ter voz por ela. O objetivo é justamente dar voz, abrir as portas do Tribunal para essas pessoas poderem ter acesso à informação, às instituições e à cultura”, afirmou o magistrado que mediou a roda de conversa.
A presidenta Daniela Muller participou da mesa de abertura do debate com os desembargadores Roque Lucarelli e Márcia Leal. Ela mencionou a criação de um protocolo de julgamento antidiscriminatório pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho), a ser lançado em agosto, e enfatizou que o Direito do Trabalho sempre buscou proteger os menos privilegiados. Também destacou que o emprego é uma fonte de realização e inserção social e expressou a esperança de que o evento seja o início de ações contínuas para promover a igualdade e a inclusão.
“Não podemos fingir que todo mundo é igual perante a Deus, que todos têm o mesmo acesso aos postos de trabalho, às condições de trabalho, às oportunidades. Muitas vezes, o mero e simples preconceito não tem nenhum impedimento para que essas pessoas se integrem, mostrem e construam a sua vida”, disse a presidenta.
Mesa de abertura do evento com os desembargadores Roque Lucarelli e Márcia Leal e a presidenta Daniela Muller
O evento foi promovido em parceria com o Subcomitê de Equidade de Raça, Gênero e Diversidade do TRT-1 (Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região), nesta quarta-feira (26), na Biblioteca Ministro Carvalho Júnior.
Entre os convidados que compartilharam suas histórias estavam Rochelly Rangel, Juliana Vinchon, Aline Raposo e Francys Machado.
Rochelly Rangel, mulher trans nascida em São Paulo que enfrentou dificuldades para ter a carteira de trabalho assinada e diversas formas de exclusão ao longo de 16 anos como cabeleireira, destacou sua trajetória de superação e o sucesso atual como embaixadora da ONG “A Casinha Acolhida”. Ela é campeã do reality show Bar Aberto, responsável pela carta de drinks do hotel Hilton Copacabana e parceira de marcas renomadas.
Roda de conversa. Da esquerda para a direita: juiz Felipe Vianna, Francys Machado, Aline Raposo, Rochelly Rangel e Juliana Vinchon
Juliana Vinchon, estudante de psicologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), falou sobre a importância de um olhar inclusivo para pessoas LGBTQIAP+ na educação e no mercado de trabalho. Ela citou a necessidade de entender o termo “cisnorma” e reconhecer os privilégios cis, sublinhando a violência e a exclusão histórica enfrentada por corpos trans.
Francys Machado, também mulher trans, expôs a perspectiva de quem veio do interior do Amapá e hoje trabalha como garçonete no Rio. Ela compartilhou sua trajetória marcada por desafios desde a infância difícil até a mudança para o Rio em 2015. Enfrentou discriminação no mercado de trabalho devido à identidade trans.
Aline Raposo narrou como foi se descobrir uma pessoa lésbica e os desafios de manter o segredo em ambientes de trabalho. Após anos de namoro à distância, ela decidiu se mudar para o Rio, onde encontrou ambiente mais acolhedor. Em seu trabalho no TRT-1, encontrou apoio e celebrou a aceitação plena ao ser acolhida pela equipe da Vara de Teresópolis.
“Todo mundo quer ter um emprego, obviamente. As pessoas precisam ter um emprego. Mas o LGBT precisa quatro vezes mais. Porque para o LGBT o emprego é questão de vida ou morte. Não é questão de ter o salário ou não ter o salário. É questão de estar na rua ou não.”
Foto de capa:Roda de conversa do evento.
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