18 de janeiro de 2023 . 13:59
Artigo de diretora da AMATRA1 é tema no vestibular da UFRGS
Em dezembro de 2022, quase quatro anos após ter publicado “O Apagamento das Mulheres na História e o Direito à Memória” no blog Sororidade em Pauta, da Carta Capital, a 2ª diretora cultural da AMATRA1 e juíza do trabalho Daniela Muller foi surpreendida pela escolha de seu artigo como tema da prova de redação do vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
“Achei muito bacana! Foi uma amiga do Sul que viu a notícia e a compartilhou comigo. Tive a sensação de ter plantado uma semente numa nova geração”, disse Daniela. “Na época em que fiz vestibular, não se falava sobre isso. É importante discutir temas ainda delicados. São passos lentos porque estamos mexendo numa estrutura muito enraizada, mas já é um avanço”, afirmou.
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Magistrada há 22 anos, foi numa aula sobre Revolução Russa em que o professor avaliou como irrelevante a participação de determinada mulher que Daniela se deu conta do desprestígio com que, historicamente, as mulheres são tratadas.
“Aparecemos apenas em papéis coadjuvantes – amantes, esposas, mães, enfim, como um detalhe pitoresco e de menor relevância da narrativa”, disse.
Em seu artigo, a autora critica as sociedades patriarcais no mundo e relembra nomes de mulheres atuantes na Rússia, na França e no Brasil, provocando uma reflexão sobre como nos habituamos ao esquecimento, ou à diminuição do papel da mulher em relatos oficiais, como se isso fosse “natural”.
Brasileiras de destaque
Daniela Muller cita importantes nomes da luta negra no Brasil, como Dandara dos Palmares, Luísa Mahin e Marianna Crioula. A juíza menciona também Myrthes Campos, primeira mulher a exercer a advocacia no país; a política Alzira Soriano, primeira mulher a ser eleita prefeita na América Latina; Nise da Silveira, uma das primeiras a se formar em Medicina no Brasil; e a vereadora assassinada Marielle Franco.
“Conhecer, registrar e divulgar os feitos das mulheres, suas lutas, suas ideias, suas estratégias de solidariedade e enfrentamento é dar nova vida a essas guerreiras, evitando que fiquem nos registros históricos como derrotadas e insignificantes”, ressalta a juíza, em seu artigo.
Leia a íntegra do artigo “O Apagamento das Mulheres na História e o Direito à Memória”, de Daniela Muller.
Foto: Arquivo pessoal < VOLTAR
“Achei muito bacana! Foi uma amiga do Sul que viu a notícia e a compartilhou comigo. Tive a sensação de ter plantado uma semente numa nova geração”, disse Daniela. “Na época em que fiz vestibular, não se falava sobre isso. É importante discutir temas ainda delicados. São passos lentos porque estamos mexendo numa estrutura muito enraizada, mas já é um avanço”, afirmou.
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“Aparecemos apenas em papéis coadjuvantes – amantes, esposas, mães, enfim, como um detalhe pitoresco e de menor relevância da narrativa”, disse.
Em seu artigo, a autora critica as sociedades patriarcais no mundo e relembra nomes de mulheres atuantes na Rússia, na França e no Brasil, provocando uma reflexão sobre como nos habituamos ao esquecimento, ou à diminuição do papel da mulher em relatos oficiais, como se isso fosse “natural”.
Brasileiras de destaque
Daniela Muller cita importantes nomes da luta negra no Brasil, como Dandara dos Palmares, Luísa Mahin e Marianna Crioula. A juíza menciona também Myrthes Campos, primeira mulher a exercer a advocacia no país; a política Alzira Soriano, primeira mulher a ser eleita prefeita na América Latina; Nise da Silveira, uma das primeiras a se formar em Medicina no Brasil; e a vereadora assassinada Marielle Franco.
“Conhecer, registrar e divulgar os feitos das mulheres, suas lutas, suas ideias, suas estratégias de solidariedade e enfrentamento é dar nova vida a essas guerreiras, evitando que fiquem nos registros históricos como derrotadas e insignificantes”, ressalta a juíza, em seu artigo.
Leia a íntegra do artigo “O Apagamento das Mulheres na História e o Direito à Memória”, de Daniela Muller.
Foto: Arquivo pessoal < VOLTAR
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