16 de janeiro de 2024 . 12:50
Combati o bom combate’, diz Maria das Graças Paranhos em despedida da Justiça do Trabalho

Após quase cinco décadas de dedicação à Justiça do Trabalho, a desembargadora Maria das Graças Paranhos encerrou a carreira em 14 de abril de 2023. "Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé". A citação bíblica pela magistrada reflete seu sentimento de dever cumprido com o Judiciário.
No momento da despedida, Maria das Graças Paranhos reforçou seu compromisso com a Justiça do Trabalho e a importância da preservação dos valores fundamentais. Um dos aspectos mais significativos de sua trajetória foi a busca de uma Justiça mais equânime.
"Como julgadora, sempre procurei a solução mais justa, de acordo com o caso concreto, após recorrer à legislação, à jurisprudência, à doutrina e a outras fontes do Direito", relembrou a magistrada
A associada da AMATRA1 ingressou na Justiça do Trabalho como técnica-judiciária do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT-8), no Pará, em 1975. No ano seguinte, foi aprovada em concurso para juiz substituto. À frente da Junta de Conciliação e Julgamento de Rio Branco (capital do Acre) conheceu de perto o problema dos trabalhos escravo e infantil. No Estado, enfrentou a truculência de fazendeiros e latifundiários.
Já em 1982, foi aprovada em mais um concurso para o cargo de juíza substituta no Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-1), transferindo-se para o Estado do Rio.
No concurso de juiz do Trabalho da 1ª Região, foi aprovada em primeiro lugar. Maria das Graças Paranhos presidiu o TRT-1 de 2015 a 2017.
Entre outras funções, exerceu a titularidade das 25ª, 12ª e 38ª Juntas de Conciliação e Julgamento (CJCs) da capital e da 1ª Vara de Petrópolis. Também presidiu a 2ª, 3ª, 7ª e 10ª Turmas Recursais do TRT-1.
No Tribunal, além da presidência, ocupou cargos estratégicos, como vice-corregedora (2009/2010), diretora do Centro Cultural (2011/2012), presidente da Comissão Permanente de Responsabilidade Socioambiental (2011/2012), vice-presidente (2013/2014), presidente da Coordenadoria de Disseminação da Segurança no Trabalho e da Comissão Permanente de Responsabilidade Socioambiental (2013/2014), gestora regional do Trabalho Seguro (2014) e presidente da Seção de Dissídio Coletivo (2013/2014). A magistrada também foi conselheira do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (2015/2017) e a primeira Mulher Ouvidora, eleita no TRT-1.
A desembargadora ressalta a importância da AMATRA1. Ela destaca a defesa dos direitos dos associados e seu comprometimento com questões sociais, como igualdade de gênero e combate ao trabalho infantil e escravo.
Foto: Desembargadora Maria das Graças Paranhos ao ser homenageada em descerramento de seu retrato, em 2019.
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Já em 1982, foi aprovada em mais um concurso para o cargo de juíza substituta no Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-1), transferindo-se para o Estado do Rio.
No concurso de juiz do Trabalho da 1ª Região, foi aprovada em primeiro lugar. Maria das Graças Paranhos presidiu o TRT-1 de 2015 a 2017.
Entre outras funções, exerceu a titularidade das 25ª, 12ª e 38ª Juntas de Conciliação e Julgamento (CJCs) da capital e da 1ª Vara de Petrópolis. Também presidiu a 2ª, 3ª, 7ª e 10ª Turmas Recursais do TRT-1.
No Tribunal, além da presidência, ocupou cargos estratégicos, como vice-corregedora (2009/2010), diretora do Centro Cultural (2011/2012), presidente da Comissão Permanente de Responsabilidade Socioambiental (2011/2012), vice-presidente (2013/2014), presidente da Coordenadoria de Disseminação da Segurança no Trabalho e da Comissão Permanente de Responsabilidade Socioambiental (2013/2014), gestora regional do Trabalho Seguro (2014) e presidente da Seção de Dissídio Coletivo (2013/2014). A magistrada também foi conselheira do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (2015/2017) e a primeira Mulher Ouvidora, eleita no TRT-1.
A desembargadora ressalta a importância da AMATRA1. Ela destaca a defesa dos direitos dos associados e seu comprometimento com questões sociais, como igualdade de gênero e combate ao trabalho infantil e escravo.
Foto: Desembargadora Maria das Graças Paranhos ao ser homenageada em descerramento de seu retrato, em 2019.
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