30 de junho de 2023 . 07:54
Congresso 60 anos da AMATRA1 debate futuro da Justiça do Trabalho

Os ataques recentes contra a Justiça do Trabalho e seu futuro foram os principais temas abordados na abertura do Congresso 60 Anos da AMATRA1, nesta quinta-feira (29), no auditório do TRT-1. “A magistratura, o Ministério Público e a OAB precisam se organizar para defender a Justiça do Trabalho. Precisamos fazer mais eventos como este”, disse o presidente da AMATRA1, Ronaldo Callado. O evento é organizado pela Escola Judicial do TRT-1, em parceria com a Diretoria Cultural da Associação, e termina nesta sexta-feira (30). As palestras estão sendo transmitidas ao vivo pelo canal da Ejud1 no YouTube.
Segundo Ronaldo Callado, união, encontro e troca entre pares também foram as soluções apresentadas pela psicanalista Nelisa Guimarães, em encontro com associados(as) na sede da AMATRA1, para superar as adversidades do momento. Ele lembrou parte de seu discurso feito na inauguração da placa comemorativa dos 60 anos da entidade, em sua sede.
“Foram muitos momentos marcantes desde a criação da AMATRA1: a atuação durante a ditadura militar; a participação efetiva – junto com outras entidades de classe – na promulgação da Lei Orgânica da Magistratura, os embates com a administração do Tribunal, especialmente para com gestores que ultrajavam a moralidade com nítidas pretensões políticas; a luta contra a representação classista; o abraço simbólico ao TRT; a caminhada até o TJRJ, naquilo que se denominou chamar de greve da magistratura; a tomada de medidas necessárias após o incêndio no TRT; e, mais recentemente, o enfrentamento às questões advindas da pandemia do coronavírus. Foram apenas alguns dos acontecimentos que contaram com a participação efetiva da AMATRA1.”
Leia mais: Audiência pública do TRT-1 debate contratação de pessoas em situação de rua
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Também foi este o tom da palestra de abertura, “O processo e o Judiciário Trabalhista como Instrumentos de Promoção da Justiça Social”, proferida pela juíza do Trabalho do TRT-4 Valdete Souto Severo. “O que o STF está fazendo hoje com a Justiça do Trabalho não é diferente do que a própria Justiça do Trabalho está fazendo consigo mesma desde sempre… A gente pode ficar brigando com o STF, mas para que a gente possa fazer esse enfrentamento é preciso que, antes disso, nós nos comprometamos com essa Justiça, com um direito e um processo do trabalho efetivo”.
“Como nós vamos convencer, por exemplo, trabalhadores que estão à margem do Direito do Trabalho que lutem para ser CLT, como eles dizem, se nós sabemos que aqueles que têm carteira assinada, quando chegam na JT, acabam encontrando uma Justiça hostil à realização de seus direitos? Ou a gente admite essa realidade e começa a trabalhar entre nós, ou a gente não vai conseguir frear o movimento de extinção da Justiça do Trabalho e passaremos para a história como a geração que permitiu que isso acontecesse, sem honrar aqueles que nos antecederam”, concluiu Valdete.
A juíza do Trabalho do TRT-4 Valdete Severo ministrou a palestra de abertura do Congresso 60 anos da AMATRA1
Na cerimônia de abertura do congresso também discursaram o presidente em exercício do TRT-1, desembargador Roque Lucarelli Dattoli; o diretor da Escola Judicial do TRT-1 (Ejud-1), desembargador Leonardo Pacheco; o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ), João Batista Berthier; e a representante da OAB/RJ, advogada Érica Pereira Santos. < VOLTAR
Segundo Ronaldo Callado, união, encontro e troca entre pares também foram as soluções apresentadas pela psicanalista Nelisa Guimarães, em encontro com associados(as) na sede da AMATRA1, para superar as adversidades do momento. Ele lembrou parte de seu discurso feito na inauguração da placa comemorativa dos 60 anos da entidade, em sua sede.
“Foram muitos momentos marcantes desde a criação da AMATRA1: a atuação durante a ditadura militar; a participação efetiva – junto com outras entidades de classe – na promulgação da Lei Orgânica da Magistratura, os embates com a administração do Tribunal, especialmente para com gestores que ultrajavam a moralidade com nítidas pretensões políticas; a luta contra a representação classista; o abraço simbólico ao TRT; a caminhada até o TJRJ, naquilo que se denominou chamar de greve da magistratura; a tomada de medidas necessárias após o incêndio no TRT; e, mais recentemente, o enfrentamento às questões advindas da pandemia do coronavírus. Foram apenas alguns dos acontecimentos que contaram com a participação efetiva da AMATRA1.”
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Também foi este o tom da palestra de abertura, “O processo e o Judiciário Trabalhista como Instrumentos de Promoção da Justiça Social”, proferida pela juíza do Trabalho do TRT-4 Valdete Souto Severo. “O que o STF está fazendo hoje com a Justiça do Trabalho não é diferente do que a própria Justiça do Trabalho está fazendo consigo mesma desde sempre… A gente pode ficar brigando com o STF, mas para que a gente possa fazer esse enfrentamento é preciso que, antes disso, nós nos comprometamos com essa Justiça, com um direito e um processo do trabalho efetivo”.
“Como nós vamos convencer, por exemplo, trabalhadores que estão à margem do Direito do Trabalho que lutem para ser CLT, como eles dizem, se nós sabemos que aqueles que têm carteira assinada, quando chegam na JT, acabam encontrando uma Justiça hostil à realização de seus direitos? Ou a gente admite essa realidade e começa a trabalhar entre nós, ou a gente não vai conseguir frear o movimento de extinção da Justiça do Trabalho e passaremos para a história como a geração que permitiu que isso acontecesse, sem honrar aqueles que nos antecederam”, concluiu Valdete.

Na cerimônia de abertura do congresso também discursaram o presidente em exercício do TRT-1, desembargador Roque Lucarelli Dattoli; o diretor da Escola Judicial do TRT-1 (Ejud-1), desembargador Leonardo Pacheco; o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ), João Batista Berthier; e a representante da OAB/RJ, advogada Érica Pereira Santos. < VOLTAR
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