13 de setembro de 2024 . 13:37
Daniela Muller acompanha cerimônia de retorno do manto tupinambá ao Brasil
A presidenta da AMATRA1, Daniela Muller, participou da cerimônia de devolução do Manto Sagrado Tupinambá ao Brasil, nesta quinta-feira (12), no Museu Nacional, no Rio de Janeiro. A solenidade reuniu lideranças indígenas, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e autoridades.
O presidente enfatizou seu compromisso com os direitos indígenas, criticou a tese do marco temporal e lamentou a falta de representatividade dos povos originários no Congresso Nacional. Para Lula, o evento simboliza a luta dos indígenas brasileiros.
Cerimônia de entrega do manto
“Talvez para os não indígenas seja difícil imaginar a dimensão espiritual que o manto sagrado tem para os tupinambás. É forte e muito bonito conhecer seu real significado. O que para nós é uma obra artística de rara beleza, para os tupinambás é uma entidade, um ancião e um ser espiritual que retoma a ancestralidade para promover a reafirmação cultural de todo um povo, além de anunciar a chegada de uma nova era de unidade e conquista de direitos. O retorno do ancião para o Brasil representa a retomada de uma história que foi apagada, uma história que precisa ser contada e preservada”, afirmou o presidente.
O manto, que estava no Museu Nacional da Dinamarca desde 1689, foi devolvido ao Brasil em julho de 2024, após entendimentos entre instituições dos dois países, entre as quais o Ministério das Relações Exteriores e o Museu Nacional. A peça, com 1,80m de altura, composta por penas vermelhas de pássaros guará, possui grande importância cultural e espiritual para o Povo Tupinambá.
Reprodução/Museu Nacional da Dinamarca
Nos dias que antecederam a cerimônia oficial, representantes do Povo Tupinambá realizaram rituais sagrados de vigília e visitaram o manto em uma sala reservada da Biblioteca Central do Museu Nacional.
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, esteve na cerimônia. A devolução do manto é um marco na recuperação de bens culturais indígenas, disse ela. A Secretaria de Articulação e Promoção de Direitos Indígenas (Seart) do ministério, segue desenvolvendo protocolos para que mais objetos pertencentes aos povos originários possam ser devolvidos.
O ato resulta de anos de articulações e consultas ao Povo Tupinambá, realizadas em conformidade com a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Com informações do Poder 360 - Foto de capa: juiz André Villela e presidenta Daniela Muller.
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Cerimônia de entrega do manto
“Talvez para os não indígenas seja difícil imaginar a dimensão espiritual que o manto sagrado tem para os tupinambás. É forte e muito bonito conhecer seu real significado. O que para nós é uma obra artística de rara beleza, para os tupinambás é uma entidade, um ancião e um ser espiritual que retoma a ancestralidade para promover a reafirmação cultural de todo um povo, além de anunciar a chegada de uma nova era de unidade e conquista de direitos. O retorno do ancião para o Brasil representa a retomada de uma história que foi apagada, uma história que precisa ser contada e preservada”, afirmou o presidente.
O manto, que estava no Museu Nacional da Dinamarca desde 1689, foi devolvido ao Brasil em julho de 2024, após entendimentos entre instituições dos dois países, entre as quais o Ministério das Relações Exteriores e o Museu Nacional. A peça, com 1,80m de altura, composta por penas vermelhas de pássaros guará, possui grande importância cultural e espiritual para o Povo Tupinambá.
Reprodução/Museu Nacional da Dinamarca
Nos dias que antecederam a cerimônia oficial, representantes do Povo Tupinambá realizaram rituais sagrados de vigília e visitaram o manto em uma sala reservada da Biblioteca Central do Museu Nacional.
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, esteve na cerimônia. A devolução do manto é um marco na recuperação de bens culturais indígenas, disse ela. A Secretaria de Articulação e Promoção de Direitos Indígenas (Seart) do ministério, segue desenvolvendo protocolos para que mais objetos pertencentes aos povos originários possam ser devolvidos.
O ato resulta de anos de articulações e consultas ao Povo Tupinambá, realizadas em conformidade com a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
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