10 de junho de 2022 . 11:50

É preciso esforço conjunto contra o trabalho infantil, afirma Adriana Leandro

Firme em seu posicionamento contra a exploração ilegal da mão de obra de crianças e adolescentes, a AMATRA1 apoia, em 2022, a campanha “Proteção Social para Acabar com o Trabalho Infantil”. Promovida para marcar o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, celebrado neste domingo (12), a ação busca expandir a ideia de que é urgente a necessidade de ampliar as políticas públicas que contribuem para reduzir a pobreza e a vulnerabilidade socioeconômica das famílias, como forma de mitigar as causas que geram o trabalho infantil. A campanha é realizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) e pelo Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho.

“Precisamos falar sobre essa data, difundir ainda mais os graves efeitos do trabalho infantil e cobrar que as autoridades competentes criem medidas para coibir a prática, assim como para garantir condições dignas para as famílias”, afirma a 1ª vice-presidente da AMATRA1, Adriana Leandro, que também é gestora regional de primeiro grau do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem do TRT-1 e coordenadora do Acordo de Cooperação para Combate ao Trabalho Infantil no Estado do Rio de Janeiro.

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De acordo com dados do IBGE, 1,8 milhão de brasileiros entre 5 e 17 anos estavam em situação de trabalho infantil em 2019, sendo 45,9% nas piores formas. Porém, o número tende ser ainda maior, já que, além de retratar o período pré-pandemia da Covid-19, a estimativa não contabiliza algumas formas de trabalho infantil, como a exploração sexual de crianças e adolescente e o tráfico de drogas.

“É necessário haver o esforço conjunto de todas as esferas sociais no combate ao trabalho infantil. Especialmente em decorrência da pandemia da Covid-19, nossas crianças e adolescentes estão mais expostas ao trabalho ilegal e irregular, que pode gerar consequências irreversíveis para seu desenvolvimento seguro e saudável”, completa a juíza.

Neste ano, a campanha terá um clipe musical para transmissão na TV e internet, e versão em áudio para transmissão na rádio e no Spotify, além de posts, cards e banners contendo mensagens de conscientização, para veiculação em redes sociais e sites.

A música “Sementes”, composta por Emicida e Drik Barbosa para alertar sobre os malefícios da violação da infância, também ganhou nova versão, com interpretação e arranjo musical pela Palavra Cantada, dos músicos Sandra Peres e Paulo Tatit.

Outro ponto da campanha serão as peças ilustradas com imagens de animação do filme “O Menino e o Mundo”, dirigido por Alê Abreu. Obra audiovisual brasileira mais premiada internacionalmente e uma das cinco finalistas ao Oscar de 2016 na categoria Melhor Longa de Animação, o filme mostra a vivência de um menino em uma sociedade marcada pela pobreza, pela exploração de trabalhadores e pela falta de perspectivas.

Twittaço contra o trabalho infantil

A AMATRA1 também aderiu ao twittaço da Justiça do Trabalho e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), nesta sexta-feira (10). Na mobilização digital, instituições públicas e privadas publicaram a hashtag #BrasilSemTrabalhoInfantil, como forma de alertar o público das redes sociais e difundir de forma ampla os principais canais de denúncias contra o trabalho infantil, como o Disque 100. Na primeira edição da ação, em 2019, o tema alcançou mais de 141,2 milhões de pessoas no Twitter. < VOLTAR