08 de novembro de 2023 . 16:21
Daniela Muller participa de evento sobre trabalho escravo contemporâneo
A juíza Daniela Valle da Rocha Muller, 2ª Diretora Cultural da AMATRA1, participou, nesta terça-feira (7), da 16ª Reunião Científica sobre Trabalho Escravo Contemporâneo, em Brasília. Na palestra, Daniela abordou as condições de imigrantes e refugiados vítimas de exploração no trabalho.
Organizada pela Universidade de Brasília (UnB) e pelo Grupo de Pesquisa sobre Trabalho Escravo Contemporâneo (GPTEC/NEPP-DH/UFRJ), o evento ocorre de 7 e 9 de novembro, na Faculdade de Direito da UnB. Pesquisadores de diversas áreas discutem desafios e a importância do Direito do Trabalho no combate ao trabalho escravo contemporâneo.
“A grande importância das reuniões científicas do GPTEC é exatamente reunir as pesquisas acadêmicas sobre essa questão. E as reuniões são muito ricas exatamente porque reúnem pesquisadores de várias áreas, não só do direito. É uma oportunidade de refletir e analisar esse fenômeno do trabalho escravo contemporâneo através de outros olhares, que não é só o jurídico, não é só o do direito, isso acrescenta bastante para a gente compreender a permanência desse problema”, ressaltou Daniela.
Segundo a magistrada, existem dois eixos principais com relação aos desafios enfrentados no combate ao trabalho escravo contemporâneo. O primeiro é a exploração predatória do ser humano em busca de vantagens econômicas, o que representa uma intensificação ilegal da exploração em níveis inaceitáveis, especialmente em setores lucrativos, como o agronegócio e a confecção de roupas. O segundo eixo diz respeito ao histórico escravocrata presente nas relações sociais brasileiras, com ênfase nas questões raciais e de gênero. A persistência desses desafios requer uma abordagem não apenas jurídica, mas também cultural e social, com o objetivo de estabelecer parâmetros de respeito às pessoas que trabalham.
A palestra de Daniela Muller no evento abordou pesquisas elaboradas pelo GPTEC de 2007 a 2021, focando nas condições dos imigrantes que são vítimas de exploração no trabalho. Ela examinou os fluxos migratórios e a conexão com o tráfico de pessoas e de migrantes, incluindo casos de bolivianos que vêm ao Brasil em busca de melhores condições e acabam envolvidos em esquemas de exploração. A pesquisa também tratou de refugiados que, forçados a deixar seus locais de origem devido a graves violações de direitos humanos, acabam em trabalhos precários e vulneráveis.
Foto: Reprodução/GPTEC..
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“A grande importância das reuniões científicas do GPTEC é exatamente reunir as pesquisas acadêmicas sobre essa questão. E as reuniões são muito ricas exatamente porque reúnem pesquisadores de várias áreas, não só do direito. É uma oportunidade de refletir e analisar esse fenômeno do trabalho escravo contemporâneo através de outros olhares, que não é só o jurídico, não é só o do direito, isso acrescenta bastante para a gente compreender a permanência desse problema”, ressaltou Daniela.
Segundo a magistrada, existem dois eixos principais com relação aos desafios enfrentados no combate ao trabalho escravo contemporâneo. O primeiro é a exploração predatória do ser humano em busca de vantagens econômicas, o que representa uma intensificação ilegal da exploração em níveis inaceitáveis, especialmente em setores lucrativos, como o agronegócio e a confecção de roupas. O segundo eixo diz respeito ao histórico escravocrata presente nas relações sociais brasileiras, com ênfase nas questões raciais e de gênero. A persistência desses desafios requer uma abordagem não apenas jurídica, mas também cultural e social, com o objetivo de estabelecer parâmetros de respeito às pessoas que trabalham.
A palestra de Daniela Muller no evento abordou pesquisas elaboradas pelo GPTEC de 2007 a 2021, focando nas condições dos imigrantes que são vítimas de exploração no trabalho. Ela examinou os fluxos migratórios e a conexão com o tráfico de pessoas e de migrantes, incluindo casos de bolivianos que vêm ao Brasil em busca de melhores condições e acabam envolvidos em esquemas de exploração. A pesquisa também tratou de refugiados que, forçados a deixar seus locais de origem devido a graves violações de direitos humanos, acabam em trabalhos precários e vulneráveis.
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