13 de junho de 2022 . 12:27
Em rádio, Adriana Leandro comenta impacto da pandemia no trabalho infantil
A 1ª vice-presidente da AMATRA1, Adriana Leandro, falou sobre o agravamento dos casos de trabalho infantil como consequência da pandemia da Covid-19, em entrevista à rádio BandNews FM, na sexta-feira (10). De acordo com a gestora regional de primeiro grau do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem do TRT-1, a tendência é que o número de casos seja ainda maior do que o registrado antes da crise sanitária.
“Há casos de subnotificação, principalmente envolvendo situações de trabalho doméstico que, por acontecer intramuros, é muito mais difícil de ser percebido e, portanto, muito mais fácil de acontecer. Além disso, há subnotificação em virtude do estado pandêmico, pois está relacionado a uma clara recessão econômica que o país tem vivido nos últimos anos. Onde há pobreza, o trabalho infantil é crescente”, afirmou.
Leia mais: Bárbara Ferrito: Convenção 190 da OIT é fundamental para combater o assédio
Juiz determina indenização a técnica de enfermagem com doença ocupacional
Por xenofobia, patrões são condenados a indenizar empregada doméstica
Adriana Leandro destacou que o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, marcado neste domingo (12), não é motivo para celebração e, sim, para reflexão social sobre a degradação que essa violação de direitos causa a crianças e adolescentes. E registrou a necessidade do esforço conjunto de todas os âmbitos sociais para combater a prática, “especialmente depois da pandemia, em que crianças e adolescentes estão mais expostos ao trabalho irregular, que os levam a sofrer consequências irreversíveis”.
“Os efeitos nefastos do trabalho infantil nas esferas psicológica e física das crianças e dos adolescentes são enormes e complexos. O que temos que pensar é na consciência social, no primeiro momento, e na exigência de adoção de políticas públicas capazes de combater o crime através da melhoria das condições das famílias, pois quando os pais estão trabalhando, o trabalho infantil diminui.”
A magistrada explicou que, de acordo com dados do IBGE, de 2019, 1,8 milhão de brasileiros entre 15 e 17 anos se encontram em situação de trabalho infantil. Mas o número deve ser ainda maior, ressaltou Adriana Leandro, já que não são contabilizadas algumas das piores formas, como tráfico de drogas e a exploração sexual.
Como nos anos anteriores, a AMATRA1 se engajou nas campanhas de combate ao trabalho infantil. Na sexta-feira (10), a associação aderiu ao twittaço promovido pela Justiça do Trabalho e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), como forma de alertar o público das redes sociais sobre a questão. E também aderiu à ação “Proteção Social para Acabar com o Trabalho Infantil”, realizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) e pelo Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho. < VOLTAR
“Há casos de subnotificação, principalmente envolvendo situações de trabalho doméstico que, por acontecer intramuros, é muito mais difícil de ser percebido e, portanto, muito mais fácil de acontecer. Além disso, há subnotificação em virtude do estado pandêmico, pois está relacionado a uma clara recessão econômica que o país tem vivido nos últimos anos. Onde há pobreza, o trabalho infantil é crescente”, afirmou.
Leia mais: Bárbara Ferrito: Convenção 190 da OIT é fundamental para combater o assédio
Juiz determina indenização a técnica de enfermagem com doença ocupacional
Por xenofobia, patrões são condenados a indenizar empregada doméstica
Adriana Leandro destacou que o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, marcado neste domingo (12), não é motivo para celebração e, sim, para reflexão social sobre a degradação que essa violação de direitos causa a crianças e adolescentes. E registrou a necessidade do esforço conjunto de todas os âmbitos sociais para combater a prática, “especialmente depois da pandemia, em que crianças e adolescentes estão mais expostos ao trabalho irregular, que os levam a sofrer consequências irreversíveis”.
“Os efeitos nefastos do trabalho infantil nas esferas psicológica e física das crianças e dos adolescentes são enormes e complexos. O que temos que pensar é na consciência social, no primeiro momento, e na exigência de adoção de políticas públicas capazes de combater o crime através da melhoria das condições das famílias, pois quando os pais estão trabalhando, o trabalho infantil diminui.”
A magistrada explicou que, de acordo com dados do IBGE, de 2019, 1,8 milhão de brasileiros entre 15 e 17 anos se encontram em situação de trabalho infantil. Mas o número deve ser ainda maior, ressaltou Adriana Leandro, já que não são contabilizadas algumas das piores formas, como tráfico de drogas e a exploração sexual.
Como nos anos anteriores, a AMATRA1 se engajou nas campanhas de combate ao trabalho infantil. Na sexta-feira (10), a associação aderiu ao twittaço promovido pela Justiça do Trabalho e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), como forma de alertar o público das redes sociais sobre a questão. E também aderiu à ação “Proteção Social para Acabar com o Trabalho Infantil”, realizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) e pelo Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho. < VOLTAR
- Últimas notícias
- 12 de março de 2024 . 17:36Desembargador Valmir de Araújo Carvalho se aposenta no TRT-1
- 11 de março de 2024 . 16:35Dia Internacional das Mulheres Juízas e a equidade de gênero
- 08 de março de 2024 . 18:25AMATRA1 celebra a importância do Dia Internacional da Mulher
- 07 de março de 2024 . 17:49Desembargador Maurício Drummond têm posse ratificada no TRT-1
- 06 de março de 2024 . 15:52Juízas falam sobre os desafios de conciliar lar e tribunal
- mais lidas
- 27 de maio de 2020 . 16:31Alvará eletrônico dá celeridade à liberação de valores de contas judiciais
- 11 de setembro de 2019 . 18:01Desigualdade social no Brasil é abordada em documentário da Folha de S.Paulo
- 19 de março de 2020 . 13:03Coronavírus: Juiz Marcelo Segal responde 10 dúvidas sobre questões trabalhistas
- 17 de junho de 2019 . 15:19TRT-1: Obrigar empregado a pagar custas se faltar à audiência é inconstitucional
- 30 de março de 2020 . 14:55TRT-1 expede mais de 7 mil alvarás e paga R$ 57 milhões, de 17 a 26 de março