25 de outubro de 2024 . 17:58
‘Não se faz Justiça sem conhecimento científico’, diz ministro Lélio Bentes
O ministro Lélio Bentes Corrêa, do TST (Tribunal Superior do Trabalho), defendeu a integração entre academia e Justiça para um combate eficiente ao trabalho análogo à escravidão. Ele falou no encerramento da 17ª Reunião Científica Trabalho Escravo e Questões Correlatas, promovida pela AMATRA1 nos três últimos dias.
Por videoconferência, o ministro e associado da AMATRA1 disse haver no Brasil a persistência de uma lógica escravocrata, o que ainda influencia o poder econômico e a exploração laboral, especialmente de grupos vulneráveis.
Ministro Lélio Bentes em vídeoconferência
“Nós, definitivamente, só podemos alcançar sucesso no combate ao trabalho escravo adotando uma visão holística, com vários segmentos do conhecimento atuando neste sentido. Não se faz Justiça sem conhecimento científico”, afirmou.
A 17ª Reunião Científica Trabalho terminou nesta sexta-feira (25), com o fortalecimento do diálogo entre o Judiciário trabalhista e o ambiente universitário. O encontro promoveu o intercâmbio de saberes e experiências entre magistrados e acadêmicos, que compartilharam perspectivas sobre os desafios e as inovações no campo da Justiça do Trabalho.
Os pesquisadores e especialistas participantes reuniram-se no TRT-1 (Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região), parceiro da AMATRA1 e do Grupo de Pesquisa Trabalho Escravo Contemporâneo (GPTEC) do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Nepp-DH/UFRJ) na organização do evento.
Daniela Muller com professores e pesquisadores do GPTEC
O encontro teve a participação de membros do poder público e de instituições ligadas à Justiça do Trabalho, como o TRT-1, o TST, o Ministério Público e a AMATRA1, com apoio direto do presidenta Daniela Muller. A integração institucional foi essencial para o sucesso da reunião científica, que teve 181 inscrições.
A presença dos ministros Lélio Bentes e Delaíde Alves, representando o TST, e a colaboração de universidades expuseram o avanço da discussão sobre temas relacionados ao trabalho escravo.
Além de expandir o diálogo sobre a questão, a reunião fortaleceu a presença feminina nas pesquisas e estimulou novas adaptações ao estilo da organização, com sessões paralelas de apresentações de trabalhos.
O desembargador Rogério Martins mediou o penúltimo grupo de apresentações. Ele destacou como a atuação judicial pode ser enriquecida a partir das discussões acadêmicas.
Desembargador Rogério Martins (à esquerda) na reunião
Segundo Martins, a oportunidade representou “um casamento muito feliz”. Ele demonstrou satisfação por ter ajudado a organizar o evento.
“Acho que abrimos as portas para mais outros encontros e reuniões parecidas com esta, porque acredito ser fundamental envolver toda a sociedade civil e os pesquisadores com a atividade judicial”, comentou.
Foto de capa: membros da 17ª Reunião Científica do GPTEC no encerramento.
Leia mais: Pesquisas podem gerar políticas públicas contra o trabalho escravo
Especialistas debatem na OAB o trabalho escravo contemporâneo
Grupos do TST apresentam propostas para orientar camelôs e catadores < VOLTAR
Por videoconferência, o ministro e associado da AMATRA1 disse haver no Brasil a persistência de uma lógica escravocrata, o que ainda influencia o poder econômico e a exploração laboral, especialmente de grupos vulneráveis.
Ministro Lélio Bentes em vídeoconferência
“Nós, definitivamente, só podemos alcançar sucesso no combate ao trabalho escravo adotando uma visão holística, com vários segmentos do conhecimento atuando neste sentido. Não se faz Justiça sem conhecimento científico”, afirmou.
A 17ª Reunião Científica Trabalho terminou nesta sexta-feira (25), com o fortalecimento do diálogo entre o Judiciário trabalhista e o ambiente universitário. O encontro promoveu o intercâmbio de saberes e experiências entre magistrados e acadêmicos, que compartilharam perspectivas sobre os desafios e as inovações no campo da Justiça do Trabalho.
Os pesquisadores e especialistas participantes reuniram-se no TRT-1 (Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região), parceiro da AMATRA1 e do Grupo de Pesquisa Trabalho Escravo Contemporâneo (GPTEC) do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Nepp-DH/UFRJ) na organização do evento.
Daniela Muller com professores e pesquisadores do GPTEC
O encontro teve a participação de membros do poder público e de instituições ligadas à Justiça do Trabalho, como o TRT-1, o TST, o Ministério Público e a AMATRA1, com apoio direto do presidenta Daniela Muller. A integração institucional foi essencial para o sucesso da reunião científica, que teve 181 inscrições.
A presença dos ministros Lélio Bentes e Delaíde Alves, representando o TST, e a colaboração de universidades expuseram o avanço da discussão sobre temas relacionados ao trabalho escravo.
Além de expandir o diálogo sobre a questão, a reunião fortaleceu a presença feminina nas pesquisas e estimulou novas adaptações ao estilo da organização, com sessões paralelas de apresentações de trabalhos.
O desembargador Rogério Martins mediou o penúltimo grupo de apresentações. Ele destacou como a atuação judicial pode ser enriquecida a partir das discussões acadêmicas.
Desembargador Rogério Martins (à esquerda) na reunião
Segundo Martins, a oportunidade representou “um casamento muito feliz”. Ele demonstrou satisfação por ter ajudado a organizar o evento.
“Acho que abrimos as portas para mais outros encontros e reuniões parecidas com esta, porque acredito ser fundamental envolver toda a sociedade civil e os pesquisadores com a atividade judicial”, comentou.
Foto de capa: membros da 17ª Reunião Científica do GPTEC no encerramento.
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