
A diretora da AMATRA1 Roberta Ferme Sivolella foi nomeada para integrar o Comitê Gestor do SINASPJ (Sistema Nacional de Segurança do Poder Judiciário), órgão vinculado ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Ela será a representante da Justiça do Trabalho no órgão. Os dez membros do grupo foram nomeados pelo presidente do CNJ e o do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli.
Juíza titular da 2ª Vara do Trabalho da capital, Roberta Ferme Sivolella atua convocada no TST (Tribunal Superior do Trabalho) e foi nomeada para o Comitê Gestor por indicação do presidente do Tribunal, ministro Brito Pereira. Ela é a primeira mulher a integrar o comitê, responsável por elaborar medidas e rotinas de segurança de magistrados e familiares em situação de risco, bem como de servidores e cidadãos que transitam nos órgãos do Poder Judiciário.
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“Me senti duplamente honrada. Primeiro, por ter sido escolhida para representar em âmbito nacional nossa Justiça do Trabalho em tão importante tema, pois a segurança dos magistrados é matéria que invoca atualmente grande preocupação por parte de nossa categoria. E, também, por ser a única mulher a integrar o dito comitê, posição que considero muito simbólica e representativa do perfil de nossa Justiça do Trabalho, também pioneira na nomeação de alguém do sexo feminino nessa posição.”
De acordo com dados do Diagnóstico da Segurança Institucional do Poder Judiciário, existiam no país 110 magistrados ameaçados, em 2017. Todos estavam com proteção das autoridades. Em 97% dos casos, o desempenho profissional dos magistrados tem relação com a ameaça. A pessoa responsável pela potencial agressão é conhecida do juiz em 65% das situações.
“Com certeza, as experiências já vividas em questões de segurança, nesses 14 anos de magistratura, boas e ruins, serão muito úteis para que se tenha a exata dimensão de todas as medidas que precisam ser priorizadas nesse campo, inclusive sob a ótica específica de uma magistrada mulher, com todas as dificuldades enfrentadas por nossas colegas”, completou Roberta Ferme.
O conselheiro do CNJ Márcio Schiefler Fontes vai presidir o comitê por até dois anos. O órgão é composto por dois conselheiros do CNJ, dois juízes auxiliares indicados pela Presidência e pela Corregedoria do CNJ, um juiz da Justiça Estadual, um juiz da Justiça do Trabalho, um juiz da Justiça Federal, um juiz da Justiça Militar da União, um servidor do Poder Judiciário e um representante do Departamento de Segurança Institucional do Poder Judiciário.