Daniela afirmou que a proposta do encontro é apresentar, dentro da Justiça do Trabalho, uma análise de fora do Direito. Segundo a magistrada, as palestras dos professores Raquel Barreto, doutoranda em História na Universidade Federal Fluminense (UFF), e Vantuil Pereira, diretor do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos (NEPP-DH) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), vão garantir a abordagem interdisciplinar do seminário.
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“Avalio que temos poucos debates sobre este assunto muito importante, ainda mais no Rio de Janeiro, que é a cidade fora da África que mais recebeu embarcações com negros escravizados. Não podemos não tratar disso no dia a dia. Precisamos dar atenção a este tema”, afirmou a diretora de Cidadania e Direitos Humanos da AMATRA1.
A juíza disse, ainda, que o seminário foi estrategicamente marcado para a véspera do Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro. “Será uma homenagem. Essa data tem um simbolismo especial porque é uma construção dos próprios negros, ao contrário do dia 13 de maio. Sem negar a importância da abolição da escravatura, a segunda data propõe um outro momento, retratando a importância dos negros por eles próprios”, disse Daniela Muller.