Retrospectiva AMATRA1: associação celebra 2025 com protagonismo, integração e avanços

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Retrospectiva AMATRA1:  associação celebra 2025 com protagonismo, integração e avanços
Inauguração da placa da diretoria de 2023–2025

Durante o ano,  entidade destacou-se em eventos institucionais, culturais, esportivos e de defesa dos direitos trabalhistas

Ao longo de 2025, a AMATRA1 consolidou seu protagonismo na magistratura trabalhista, com ações institucionais, culturais, sociais e esportivas. A associação liderou debates sobre igualdade de gênero, combate ao trabalho escravo, violência no trabalho e pejotização, marcou presença em eventos de destaque na mídia e participou de mobilizações nacionais em defesa das prerrogativas da Justiça do Trabalho. 

O ano também foi marcado por conquistas inéditas no campo associativo, como o título nos Jogos Nacionais da Anamatra,  homenagens a magistrados, reconhecimentos internacionais e iniciativas educativas em territórios de alta vulnerabilidade. No encerramento das atividades, a eleição da nova diretoria, sob a presidência do juiz Rafael Pazos, para o biênio 2025–2027 reafirmou o compromisso da AMATRA1 com a integração da categoria, a valorização da magistratura e a defesa dos direitos sociais. 

Pazos é formado em Direito pela UFRJ e, desde a época de faculdade,  direcionou sua trajetória acadêmica e profissional para  o Direito do Trabalho. Ingressou no Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-1) em 2011, como analista judiciário, e foi aprovado no I Concurso Nacional Unificado da Magistratura do Trabalho, tomando posse como juiz substituto do TRT-1 em 26 de agosto de 2019. Na AMATRA1, já exerceu o cargo de diretor de Prerrogativas no biênio 2021/2023 e de diretor-adjunto de Prerrogativas e Direitos no biênio 2023/2025. Atualmente, atua na 5ª e na 46ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro.

Primeiro trimestre

O ano começou com um debate de grande relevância social. No Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, a presidenta da AMATRA1, Daniela Muller, participou do terceiro episódio da série “Protocolos da Justiça do Trabalho”, transmitido pela TV Anamatra. Na ocasião, ela analisou os novos procedimentos destinados a orientar magistrados em todo o país no julgamento de denúncias de exploração laboral e no acolhimento às vítimas.

Poucos dias depois, em entrevista ao Jornal da CBN, Daniela Muller abordou os desafios contemporâneos no combate ao trabalho análogo à escravidão, chamando atenção para a transformação desse crime, hoje presente também em grandes centros urbanos, eventos culturais e festas, com nuances relacionadas a gênero e raça. Em diálogo com os jornalistas Mílton Jung e Cássia Godoy, a presidenta da AMATRA1 destacou a necessidade de o sistema de Justiça acompanhar essas mudanças em um cenário que, nos últimos 30 anos, registrou mais de 65 mil pessoas resgatadas de condições análogas à escravidão no país.

A tradição da AMATRA1 de valorizar e fortalecer a magistratura se refletiu no jantar promovido pela diretoria social em homenagem à nova administração do TRT-1, eleita para o biênio 2025-2027. O evento, no restaurante Corrientes 348, reuniu cerca de 100 convidados, entre magistrados, associados e advogados. Daniela Muller, em seu discurso, ressaltou o papel da Associação em dialogar e acompanhar a gestão do Tribunal.

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Ex-presidenta da AMATRA1, Daniela Muller, e o presidenta do TRT-1, Roque Lucarelli

Ainda no primeiro trimestre, a questão da igualdade de gênero no Judiciário ganhou destaque durante o 1º simpósio “Em busca da igualdade: feminismo e desafios contemporâneos”, promovido pela Escola Judicial do TRT-1, no qual se debateu a necessidade de ampliação da representatividade feminina no Judiciário, sobretudo no segundo grau. 

O mês de março ainda trouxe um momento histórico de celebração institucional: a posse da desembargadora Nélie Oliveira Perbeils, ex-presidenta da AMATRA1, oficializada pelo TRT-1. A cerimônia, no  Plenário Délio Maranhão do Órgão Especial, emocionou a magistrada, que destacou a simbologia de assumir o cargo no Mês Internacional da Mulher. 

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Daniela Muller, Ronaldo Callado, Nélie Perbeils e Valter Pugliesi

Segundo trimestre

No início do segundo trimestre, a AMATRA1 deu um passo importante na valorização das magistradas com o lançamento de um grupo virtual dedicado a discutir a condição da mulher no Judiciário. Idealizado para promover trocas de experiências sobre trabalho, vida pessoal e soluções coletivas para desafios profissionais, o projeto reflete a preocupação da associação com a conciliação entre carreira e vida familiar em um ambiente ainda marcado por desigualdades estruturais. 

Em abril, a presidenta da AMATRA1, Daniela Muller, analisou, em entrevista ao Correio da Manhã, o impacto da decisão do ministro Gilmar Mendes do STF  de suspender processos que discutem a pejotização. Dias depois, em participação no décimo episódio do Bancário Pod+, Daniela destacou a violência no ambiente de trabalho, seus efeitos sobre a saúde física e mental e a necessidade de ações concretas para identificar e combater práticas abusivas. 

Em maio, a AMATRA1 liderou, ao  lado da  Anamatra, uma mobilização nacional contra a liminar do STF sobre pejotização, reunindo magistrados, procuradores e advogados em diversos TRTs, com forte atuação no Rio de Janeiro. A ação repercutiu amplamente na mídia, com Daniela Muller e Rafael Pazos ressaltando os riscos de precarização das relações de trabalho e de enfraquecimento da jurisdição especializada. 

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AMATRA1 presente ao ato público em defesa da competência da Justiça do Trabalho

O mês de maio também trouxe momentos de celebração e integração institucional. A AMATRA1 comemorou 62 anos de história com uma confraternização na Vinoteca do Visconde, em Botafogo, reunindo cerca de 80 associados, entre ativos e aposentados. Pouco depois, em junho, a associação esteve presente na solenidade em que o Cristo Redentor foi iluminado com a hashtag “#chegadetrabalhoinfantil”, simbolizando a luta contra a exploração do trabalho infantil. 

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Associados comemoram 62 anos da AMATRA1 na Vinoteca do Visconde

Em junho, a Diretoria Social da AMATRA1 promoveu a primeira edição da festa junina da associação, que reuniu cerca de 110 participantes no Galpão Ladeira das Artes, em uma noite de música, brincadeiras e confraternização. No mesmo mês, a juíza Aline Leporaci, coordenadora regional do Programa Trabalho, Justiça e Cidadania (TJC) no TRT-1, levou ações educativas ao Complexo de Manguinhos

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Festa junina da AMATRA1 no Galpão Ladeira das Artes 

Terceiro trimestre

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Associados ao lado da estátua de Clarice Lispector, na Mureta do Leme

No terceiro trimestre, a Diretoria Social da AMATRA1 promoveu um passeio literário pelas calçadas do Leme, guiado por Teresa Montero, autora de “O Rio de Clarice”. 

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Adriana Pinheiro, Bárbara Ferrito, Daniela Muller, Ronaldo Callado, Carolina Trevizani e Guilherme Cerqueira

Em julho, a valorização da história e da representatividade feminina marcou duas cerimônias importantes com a presença da Amatra: o  TRT-1 inaugurou o busto de Esperança Garcia, reconhecida como a primeira advogada negra do Brasil, e, dias depois, o Cristo Redentor foi iluminado em azul no Dia Mundial e Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas

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Redentor iluminado com a cor azul/Guilherme Silva/Santuário Cristo Redentor

A visibilidade e o reconhecimento da magistratura feminina continuaram em agosto, com a entrega da Medalha de Reconhecimento Chiquinha Gonzaga à desembargadora Mônica Puglia. Setembro trouxe celebrações institucionais e retomada de tradições. A sede da AMATRA1 foi palco de uma homenagem ao ministro Aloysio Corrêa da Veiga, presidente do TST e ex-presidente da associação, ocasião que  marcou a inauguração da placa da diretoria 2023–2025. 

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Ministro Aloysio Corrêa ao lado da diretoria da AMATRA1

Uma das maiores conquistas foi a retomada do EMAT após sete anos, com o tema “Assédio nas Relações Institucionais e no Ambiente de Trabalho” com foco em debates para aprimorar mecanismos legais de proteção à dignidade e ao bem-estar dos trabalhadores. Ainda em setembro, a desembargadora aposentada Maria das Graças Cabral Viegas Paranhos tornou-se membro efetivo da Academia Internacional de Direito e Ética (AIDE), recebendo reconhecimento por seus serviços à sociedade brasileira durante o III Simpósio da entidade, em Maceió. No mesmo mês, a Enamat lançou o e-book “Direito do Trabalho como Direitos Humanos”, com análises sobre decisões da Corte Interamericana de Direitos Humanos com recorte racial e de gênero. 

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Sayonara Grillo, Monique Caldeira, Delaíde Arantes e Daniela Muller

Quarto trimestre

O quarto trimestre começou com uma conquista inédita para a AMATRA1 nos esportes: a delegação do Rio de Janeiro foi  campeã da 15ª edição dos Jogos Nacionais da Anamatra, em Salvador (BA). Entre os dias 24 e 27 de outubro, os associados garantiram o primeiro lugar geral com 2.047 pontos e 35 medalhas, disputando em modalidades como tênis de quadra, tênis de mesa, vôlei de praia, natação, corrida rústica e basquetebol.

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AMATRA1 ampeã da 15ª edição dos Jogos Nacionais da Anamatra

Em novembro, a magistratura da AMATRA1 brilhou em reconhecimentos institucionais e honrarias. A associada Márcia Regina Leal Campos foi incluída na lista tríplice para a vaga de ministra do TST. Se nomeada,  será primeira ministra negra do Tribunal. A desembargadora ainda recebeu o Prêmio de Equidade Racial 2025 do CNJ, pela renomeação do prédio das Varas do Trabalho da capital para Esperança Garcia. No mesmo mês, três associados — Renata Jiquiriçá, Paulo Rogério dos Santos e Mirna Rosana Ray Macedo Corrêa — foram agraciados com a Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho de 2025 pelo TRT-1. 

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Áurea Sampaio, Mirna Rosana, Renata Jiquiriçá e Daniela Muller

A projeção internacional da magistratura da AMATRA1 também se destacou: o juiz Roberto Fragale foi eleito para um mandato de sete anos no Tribunal de Apelações da ONU (UNAT), com início em julho de 2026, reforçando a tradição brasileira na justiça internacional e a confiança na imparcialidade e transparência do magistrado. Ainda em novembro, a juíza Aline Leporaci participou do 18º Encontro Nacional do Programa Trabalho, Justiça e Cidadania (TJC), em São Paulo, apresentando iniciativas do Rio de Janeiro e promovendo troca de experiências entre coordenações regionais.

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Associados confraternizam em festa de fim de ano

O fim do ano foi marcado por eventos institucionais e de integração da categoria. A  festa de encerramento das atividades da AMATRA1 de 2025 no Jockey Club, na Lagoa, reuniu associados e convidados em uma noite especial. Paralelamente, o juiz Rafael Pazos representou a Associação em compromissos institucionais em Florianópolis (SC) e em Brasília, participando de um encontro com o presidente do STF, Edson Fachin, sobre reforma administrativa, valorização da carreira e preservação de direitos da magistratura. Pazos também acompanhou a entrega da Medalha da Ordem Catarinense do Mérito Judiciário do Trabalho ao TST.

Com a eleição da nova diretoria para o biênio 2025–2027, a AMATRA1 se prepara para novas conquistas no próximo ano. À frente da chapa “Unidos pela Dignidade da Magistratura”, o juiz Rafael Pazos Dias foi eleito com 229 votos, em votação eletrônica, prometendo consolidar avanços e dar continuidade ao trabalho institucional, em que pretende reafirmar  a importância histórica da AMATRA1 na defesa dos direitos da categoria e na promoção do Estado Democrático de Direito. Em sua posse, Pazos destacou a emoção e a responsabilidade de liderar uma entidade que, há mais de 60 anos, luta pelo fortalecimento da magistratura e pela justiça social.

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Rafael Pazos recebe o celular corporativo das mãos de Daniela Muller como símbolo de passagem

Recesso

A AMATRA1 estará em recesso de 17 de dezembro de 2025 a 4 de janeiro de 2026. Durante o período, não haverá atividades administrativas presenciais na associação. As atividades normais serão retomadas em 5 de janeiro (segunda-feira).

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