Preservação da saúde
Em meio à crise sanitária, uma das urgências foi a defesa do direito à preservação da saúde de magistrados e magistradas, assim como das partes envolvidas nos processos judiciais. A AMATRA1 atuou para garantir que a progressão do retorno das atividades presenciais nas unidades do Tribunal acontecesse apenas quando os dados sobre a pandemia, divulgados pelas autoridades responsáveis, indicassem que seria seguro para todos.
Em julho, com a queda dos índices de contaminação por Covid-19 em grande parte do estado do Rio de Janeiro, o então diretor de prerrogativas no exercício da presidência da AMATRA1, Ronaldo Callado, esteve presente para acompanhar o início das audiências híbridas do 1º grau do TRT-1.
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Ronaldo Callado acompanhou início das audiências híbridas no TRT-1[/caption]Mudança nas direções
O ano foi de transição no comando da AMATRA1. Com apenas uma chapa inscrita – a Amatra por Todos – a associação viveu seu 41º período eleitoral. A votação, finalizada em 3 de dezembro, elegeu o juiz Ronaldo Callado como presidente para o biênio 2022/2023, acompanhado por Adriana Leandro e Mônica Cardoso como 1ª e 2ª vice-presidentes. Com o objetivo de continuar a luta em defesa da Justiça do Trabalho e dos direitos de magistrados, Ronaldo ocupa o cargo pela segunda vez e sucede Flávio Alves Pereira, que comandou a entidade no último biênio.
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Eleição foi um dos momentos marcantes da AMATRA1 em 2021[/caption]Antes, a associação também participou do processo de escolha dos novos dirigentes da Anamatra. A AMATRA1 promoveu uma roda de conversa com a chapa Anamatra Forte Unida, para discutir o planejamento de gestão da entidade nacional. Em 23 de abril, o juiz Luiz Antonio Colussi, do TRT-4 (RS), foi eleito presidente.
Direito e cultura em foco nas lives
Na impossibilidade dos encontros presenciais, as lives, mais uma vez, estiveram presentes no dia a dia da associação. Em 2021, foram diversos encontros virtuais para debater tópicos relacionados à Justiça do Trabalho e ao Direito do Trabalho, como o Primeiro Encontro Jurídico de Direito e Processo do Trabalho da Baixada Fluminense e o webinar internacional sobre sistema de precedentes do novo Código de Processo Civil, promovidos em parceria com a OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro) e a Caarj (Caixa de Assistência da Advocacia do Estado do Rio de Janeiro).
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Encontros jurídicos e culturais foram atrações promovidas pela associação[/caption]Além dos temas voltados para o mundo jurídico, a AMATRA1 também promoveu a interação entre os associados em encontros sobre temas culturais, como no samba virtual em comemoração pelos seu aniversário de 58 anos, no bate-papo com Milton Cunha e Selminha Sorriso sobre o Carnaval no Rio e na conversa com a diretora do documentário “A última abolição”.
Associadas protagonistas
Em março, associadas da AMATRA1 de diferentes perfis foram as protagonistas da coluna “Mulheres, por elas mesmas”. A cada semana, uma magistrada publicava, no site, um artigo sobre a vivência enquanto mulher na sociedade, a partir de obras literárias ou cinematográficas. O espaço teve produções da juíza Áurea Sampaio, ex-presidente da associação; da desembargadora Giselle Bondim; da juíza Márcia Leal; da desembargadora aposentada Aurora Coentro; e da juíza Ana Larissa Caraciki.
Os textos foram reunidos em um e-book homônimo, que contou também com o artigo “O martelo da feiticeira e o fogo de chão: uma breve análise”, escrito pelas juízas Áurea Sampaio e Daniela Muller. O lançamento contou com uma live sobre escrita criativa, nas redes da AMATRA1, em agosto.
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Com artigos de magistradas, coluna 'Mulheres, por elas mesmas' foi transformada em e-book[/caption]História eternizada em meio digital
Neste ano, a associação também eternizou parte de sua trajetória no meio digital. O livro “História e histórias - AMATRA1”, publicado de forma física em 2008, foi disponibilizado em PDF, para facilitar o acesso de todos ao seu conteúdo. Na obra, ex-presidentes e diretores da entidade remontam seu percurso desde a fundação até o aniversário de 45 anos.
Uma nova edição da revista “No Mérito” também foi veiculada em 2021. A publicação reuniu artigos e depoimentos de magistradas e magistrados, sobre assuntos ligados à Justiça do Trabalho e à pandemia da Covid-19, além de entrevista com o corregedor-regional do TRT-1, desembargador Jorge da Fonte.
As duas publicações foram inseridas na área de “Publicações”, no site da AMATRA1.
Atuação em favor de crianças e adolescentes
A luta pela erradicação do trabalho infantil e pelo emprego legal e seguro para os jovens foi uma iniciativa na qual a AMATRA1 se engajou em 2021. A associação se mobilizou socialmente contra a Medida Provisória nº 1.045, que seria prejudicial à Aprendizagem Profissional – uma das mais eficazes políticas públicas de combate ao trabalho irregular de adolescentes. À Rádio Nacional, a atual 1ª vice-presidente da entidade, Adriana Leandro, afirmou que os programas de emprego propostas pela MP geravam discriminação.
A associação também colocou em prática um projeto de pré-aprendizagem para os jovens do Degase (Departamento de Ações Socioeducativas). Com o apoio de outras instituições, a iniciativa levou aulas preparatórias para 100 internos de unidades feminina e masculina que, após a finalização do curso, concorreram às vagas de jovens aprendizes abertas pela Comlurb. A formação abrangia temas como “Ética e Cidadania”, e “Diversidade e seus aspectos”, “Mundo Corporativo”, “Plano de Carreira”, “Empreendedorismo” e “Comunicação nas Redes Sociais”.
Trabalho, justiça e cidadania nas escolas públicas
Outra ação social capitaneada no Rio de Janeiro pela AMATRA1 foi o Programa Trabalho, Justiça e Cidadania (TJC). A edição foi iniciada no ano passado e concluída em outubro de 2021. Coordenado pela juíza aposentada Benimar Medeiros, o projeto envolveu 240 alunos das Escolas Municipais André Gomes dos Santos e Margarida Trindade de Deus, ambas de Araruama, na Região dos Lagos.
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Programa TJC alcançou 240 estudantes de escolas municipais de Araruama[/caption]Ao longo do período, os alunos tiveram acesso aos ensinamentos da Cartilha do Trabalhador, participaram de palestras online com juízas do Trabalho sobre temas como aprendizagem e lendas do senso comum sobre o trabalho infantil, assistiram audiências virtuais de varas do Trabalho e apresentaram o conteúdo adquirido de forma lúdica, em apresentações teatrais e com paródias musicais.