Representantes do Hopi Hari e do Ministério Público do Trabalho assinaram, na noite de terça-feira (10), um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) em que a empresa se compromete a corrigir falhas trabalhistas e técnicas encontradas pela perícia do MPT. A audiência entre advogados e procuradores ocorreu em Campinas (SP) e durou oito horas.
Entre outros itens, a jornada de trabalho dos funcionários terá que ser de no máximo oito horas, já que foi constatado que a rotina é de até 12 horas. O TAC prevê ainda que o Hopi Hari tem 20 dias para solicitar com fabricantes de brinquedos a melhoraria de sistemas de travamento de atrações, que os manuais dos brinquedos sejam traduzidos para a língua portuguesa e que seja feito um estudo para dimensionar se o número de trabalhadores é o ideal e se estão alocados de forma correta.
Referente ao treinamento dos funcionários para operar os brinquedos, a perícia concluiu que o método é ineficaz, e o TAC pede que a capacitação seja mais aprofundada.
Segundo a assessoria do MPT, o parque está sujeito a uma multa de R$ 6 mil reais por item não realizado, multiplicado pelo número de funcionários relacionados ao item infringido. Caso não seja possível dimensionar, a multa será de R$ 450 mil.
Perícia trabalhista
A procuradora Maria Stela Guimarães, do MPT da 15ª Região, fez visitas ao parque acompanhada de técnicos. Funcionários foram ouvidos desde 7 de março. A solicitação de abertura de um inquérito trabalhista foi feita pela promotora dos Diretos do Consumidor Ana Beatriz Vieira.
Após a morte de Gabriela Nichimura, que caiu do brinquedo ‘La Tour Eiffel, uma equipe multidisciplinar foi formada para realizar perícias nos aspectos criminal, de segurança para o consumidor, e trabalhista. O Hopi Hari ficou fechado 22 dias e reabriu no domingo (25).