Em reunião entre o Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM) e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada (Sintrapav), nesta quarta-feira (26/4), ficou decidido que os trabalhadores da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, em greve desde segunda-feira (23/4), podem manter a paralisação até a próxima terça-feira (1/5) sem pagar a multa diária de R$ 200 mil determinada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região. A reunião foi mediada pelo juiz Luiz Antônio Nobre Brito, da Vara do Trabalho de Altamira, no Pará.
Os trabalhadores reivindicam reajuste do vale-alimentação, dos atuais R$ 95 para R$ 300, e a redução do período entre as baixadas (folga dada aos trabalhadores para que visitem suas famílias em outros estados). O consórcio alega que as reivindicações ocorrem fora do período da data-base, em novembro.
O pedido para que os efeitos da decisão fossem prorrogados foi do Sintrapav, que alegou que não houve tempo suficiente para avisar todos os trabalhadores sobre a liminar, decidida nesta quarta-feira (25/4), que decretou ser ilegal a greve dos trabalhadores.
Segundo o vice-presidente do Sintrapav, Roginel Gobbo, o período servirá para que o consórcio e os trabalhadores tentem chegar a um acordo sobre as principais reivindicações dos grevistas. “É o tempo que a gente vai ganhar para negociar, mas a greve continua”, disse. O CCBM informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que aceitou a solicitação para demonstrar boa vontade em negociar.