Fórum de Gestão: filósofo fala sobre a Arte de Liderar

No terceiro dia do Fórum de Gestão Judiciária, que acontece até sexta-feira (25/11) no TRT/RJ, o filósofo e educador, Mário Sérgio Cortella, falou aos magistrados sobre liderança. Chamando a plateia para reflexão, iniciou sua palestra destacando que, para liderar, é preciso que o indivíduo desenvolva a arte de ir além do óbvio e tenha duas virtudes fundamentais: humildade e coragem.

“O bom líder é aquele que tem clareza de que não sabe tudo, é aquele que não aceita bajulação, pois este é um fator que prejudica a capacidade de crítica e de autoconhecimento. Além disso, o líder é permeável ao saber coletivo e tem total ciência de que precisa crescer”, ressaltou Cortella.

De acordo com o filósofo, há cinco competências essenciais na arte de liderar: abrir a mente, elevar a equipe, inovar a obra, recrear o espírito e empreender o futuro. Entremeando fatos reais da história e situações do dia a dia, Cortela explicou cada um dos pontos.

“É fundamental que o líder tenha a mente aberta em um mundo de mudanças constantes, ou seja, é preciso ser capaz de prestar atenção ao que está acontecendo à sua volta, acompanhar as evoluções e utilizá-las, quando necessário. Ao mesmo tempo, o líder é aquele que cresce junto com a equipe, que anima, que motiva as pessoas que trabalham com ele. Isso é elevar a equipe”, esclareceu ele.

A busca pela inovação foi outra característica importante apontada pelo filósofo, assim como o ato de recrear o espírito. “Quando falo em recrear, estou me referindo ao momento de elogiar, de comemorar, de alegrar, enfim, de fazer com que as pessoas queiram estar junto de você. Por mais seriedade que a carreira exija, não se pode enrudecer”, disse.

Ao falar sobre a competência de empreender o futuro, deixou claro que não se pode esperar uma crise chegar para mudar ações e buscar a solução. “O bom líder é aquele que prepara, que antecipa, que é proativo”, concluiu.

Para encerrar, Mário Sérgio abriu espaço para um debate com os magistrados, quando falou sobre o papel do juiz-gestor. Mencionando que o processo de transição que a magistratura está vivendo traz momentos de perturbação e de angústia, alentou a todos com a certeza de que, com o aperfeiçoamento de cada um, o resultado será a satisfação de todos os agentes envolvidos na prestação jurisdicional.