
Na mesma data, estão confirmadas ainda manifestações em defesa da Justiça do Trabalho promovidas por Amatras em outros 11 estados. Um ato nacional está marcado para 5 de fevereiro, em Brasília.
As entidades também acertaram a realização de panfletagem com carro de som em 30 de janeiro, na Central do Brasil, a partir das 16h30. O objetivo do ato é sensibilizar e mobilizar a população sobre a importância da Justiça do Trabalho.
“É muito importante neste momento de ataques que todas as entidades ligadas à Justiça do Trabalho e organizações da sociedade civil se unam em mobilizações por todo o país contra retrocessos sociais”, afirmou o presidente da AMATRA1, Ronaldo Callado.

A AMATRA1 também emitiu um nota contra a extinção da Justiça do Trabalho e convocando para os dois atos.
NOTA DA AMATRA1 EM DEFESA DA JUSTIÇA DO TRABALHO
Cumprindo com o dever de defender o Estado Democrático de Direito, a autonomia, a dignidade e a independência do Poder Judiciário, em especial da Justiça do Trabalho, expresso em seu estatuto (artigo 2º, I) e, diante das declarações emitidas em 3 de janeiro, pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre a possibilidade de se extinguir a Justiça Trabalhista, esclarece a AMATRA 1 que:
1 - Esta não é a primeira vez que figuras políticas e partidárias defendem a extinção da Justiça do Trabalho, setor do Poder Judiciário incumbido de equilibrar as relações entre capital e trabalho e impor limites à exploração da pessoa humana, conforme orientam a Constituição Federal brasileira e inúmeros tratados internacionais dos quais o País é signatário;
2 - As declarações emitidas por Sua Excelência revelam inequívoco desconhecimento aos mandamentos constitucionais previstos nos artigos 92 e 96 da Carta Magna, que impõem apenas ao Supremo Tribunal Federal a iniciativa de formular proposta para alterar a estrutura do Poder Judiciário, bem como ao sistema de freios e contrapesos que regem os Poderes da República (art. 2º);
3 – Denotam, ademais, desconhecimento acerca da existência da Justiça do Trabalho em muitos outros países – como Suécia, Noruega, Finlândia, Alemanha, Bélgica, França, Portugal, Itália, Reino Unido, Espanha, Austrália, Argentina, Chile, México e Nova Zelândia, dentre outros – repercutindo a falsa ideia de se tratar de ramo existente apenas no Brasil;
4 – Por fim, a celeridade da Justiça do Trabalho é comprovada. Tanto assim que o 4º Relatório Justiça em Números, divulgado em 2018 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), apontou que este ramo especializado é o que mais realiza conciliações no Brasil, 38% na fase de conhecimento e 25% de forma global.
5 – Aproveitamos para convidar a todos os integrantes da magistratura e da sociedade civil para participarem dos atos em favor da Justiça do Trabalho que acontecerão nos dias 21/01/2019 (às 10 horas, em frente ao Fórum da Lavradio) e no dia 30/01/2019 (às 16h30, na Central do Brasil).
Ronaldo Callado
Presidente da AMATRA1
Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 1a Região