
A Amatra1 está sediando, desde segunda-feira (25/06), o projeto “Versos de Liberdade: cuidando de quem cuida para transformar o futuro de todos e todas”.
Uma iniciativa piloto na cidade do Rio, o projeto é fruto de parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Governo do Estado, com o apoio da Amatra1, do Acordo de Cooperação para Combate ao Trabalho Infantil no Estado do Rio de Janeiro e diversas outras entidades.
Através de oficinas de poesia falada, conduzidas pela equipe da Casa Poema, 20 adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto, atravessados pelo tráfico, e profissionais dos 14 CREAS do Rio estão trabalhando questões de identidade e desenvolvendo estratégias de enfrentamento às vulnerabilidades sociais.
“A Amatra se orgulha em participar desse projeto de tal relevância social que abre portas para esses jovens em um processo de ressocialização urgente e necessária”, disse o presidente Ronaldo Callado.
Maria Cláudia Falcão, coordenadora do Programa Internacional para Eliminação do Trabalho Infantil da OIT, destacou o desafio das oficinas. “Nosso objetivo é levantar ideias e subsídios para erradicar o trabalho infantil e o tráfico que, sabemos, são problemas sem saídas fáceis. Teremos uma série de ações. Essa é apenas uma delas, mas é fundamental porque dá espaço para escutarmos os que estão envolvidos com essa atividade e os socioeducadores”.
Para Edilene Gonçalves dos Santos, diretora do Núcleo de Proteção Social Especial de Média Complexidade da Subsecretaria de Proteção Social Básica Especial, a arte é o grande diferencial do projeto. “As oficinas estimulam a comunicação e o diálogo. E todos podem se expressar por meio da arte”, disse, complementando que a ação terá continuidade em Brasília.


A dinâmica do projeto consiste na escolha de poemas pelos participantes e no estudo de seus versos ao longo das oficinas, que foram divididas em três dias. Nesta sexta-feira (29/06), às 15h, o resultado dos encontros será apresentado na forma de um recital poético que acontecerá no Museu de Arte Moderna (MAM).
“A sociedade desvaloriza esses adolescentes, assim como quem cuida deles. Esses encontros são uma tentativa para que esses jovens, que se perderam, possam se encontrar novamente e compreender o que são e o que desejam”, destacou Elisa Lucinda, fundadora da Casa Poema, atriz e escritora.
