
A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho promoveu, nesta terça-feira (18), a cerimônia de entrega do 8º Prêmio Anamatra de Direitos Humanos, no Centro Cultural da Justiça Federal, no Rio de Janeiro. O evento contou com a presença de presidentes de Amatras e autoridades dos poderes Legislativo e Judiciário.
Ações de inclusão social através das artes, além de trabalhos jornalísticos que denunciaram o trabalho escravo, o preconceito e o machismo foram premiados na edição deste ano do evento. A premiação distribuiu R$ 60 mil entre os vencedores nas categorias Imprensa, Cidadã e Programa TJC (Trabalho, Justiça e Cidadania).
Confira o vídeo da premiação:
A cerimônia foi aberta com a apresentação da Escola Música de Rocinha, que executou clássicos da música popular brasileira. Ao discursar sobre o prêmio, o presidente da Anamatra, Guilherme Feliciano, lembrou que a valorização do trabalho humano e o respeito à cidadania estão previstos no estatuto da associação. Ele afirmou que o prêmio é um estímulo para que magistrados, jornalistas, estudantes e organizações da sociedade civil reforcem a atuação na defesa dos direitos humanos.
“Ter um prêmio de direitos humanos é ter também a consciência de que, infelizmente, estamos longe de um mundo digno de trabalho, como bem preconiza a nossa Constituição. O Brasil alimenta-se do trabalho escravo, explora a suas crianças, adoece e mata seus empregados, discrimina as suas minorias.”

A diretora da Cidadania e Direitos Humanos da associação, Luciana Conforti, ressaltou que a iniciativa é um espaço para dar visibilidade às inúmeras agressões aos direitos humanos praticadas, não só no mundo do trabalho, mas em todos segmentos da nossa sociedade.
“Em breve, a Constituição de 1988 completará 30 anos de promulgação. Apesar de o diploma ter se notabilizado pela proteção dos direitos sociais e humanos e de ter destacado a dignidade humana como centro irradiador de interpretação do ordenamento jurídico, vivemos momento de retrocessos sem precedentes no âmbito da proteção desses direitos”, destacou.
Veja as reportagens sobre os vencedores:
* Rap de estudante de Porto Alegre é destaque do Prêmio Anamatra
* Trabalhos sobre escravidão, preconceito e machismo levam Prêmio Anamatra
* Anamatra lança campanha “O que a Justiça do Trabalho tem a ver com você?”