Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, a Amatra1 reuniu dicas de livros e filmes importantes para refletir sobre os embates e as conquistas femininas.
A diretora de cidadania e direitos humanos da Amatra1, Daniela Müller, selecionou, cuidadosamente, os títulos abaixo. Confira!
Lute como uma menina
Produzido em 2016, “Lute como uma menina” tem como pano de fundo o movimento dos jovens secundaristas de 2015 que ocupou escolas e foi às ruas para lutar contra o projeto de reorganização escolar imposto pelo governador de São Paulo. O documentário foca na participação das meninas no movimento, destacando as organizações internas, o enfrentamento das autoridades e da violência policial, a luta pela autogestão, o amadurecimento político, intelectual e cultural. Produzido por Beatriz Alonso e Flávio Colombini, o documentário tem 76 minutos e se encontra disponível no Youtube. Para assistir, clique aqui
She's Beautiful When She's Angry
O documentário narra a história das corajosas mulheres que fundaram o movimento feminista americano dos anos 60 e 70, provocando uma revolução em todos os âmbitos sociais. O filme detalha as vidas e os esforços de importantes ativistas, através de uma série de entrevistas.
As sufragistas
Baseado em uma história real, o filme acompanha os primeiros movimentos feministas, com mulheres que eram soldadas de infantaria na luta por direitos ao voto no Reino Unido. Um grupo militante decide coordenar atos de insubordinação, quebrando vidraças e explodindo caixas de correio para chamar a atenção dos políticos locais à causa. Maud Watts sem formação política, descobre o movimento e passa a cooperar com as novas feministas. Ela enfrenta grande pressão da polícia e dos familiares para voltar ao lar e se sujeitar à opressão masculina, mas decide que o combate pela igualdade de direitos merece alguns sacrifícios.
Meninas Boazinhas Vão para o Céu, as Más Vão à Luta
Escrito em linguagem acessível e divertida, o livro baseia-se em estudos comportamentais e depoimentos emocionados de mulheres. A psicóloga Ute Ehrhardt aponta sintomas diversos da longa história de submissão feminina, incluindo a inabilidade masculina frente aos afazeres domésticos e a dificuldade feminina diante de situações ditas masculinas. Derrubando tabus – como o de que “mulheres independentes são solitárias” - ou levantando questões típicas do universo feminino, Ute Ehrhardt radiografa o modelo familiar dos anos 90 e nos revela um retrato multifacetado da mulher moderna.
A Precarização Tem Rosto de Mulher
Organizado por Diana Assunção, diretora do Sindicato de Trabalhadores da Usp Sintusp, membro da Secretaria de Mulheres deste sindicato e fundadora do grupo de mulheres Pão e Rosas, o livro narra uma luta importantíssima travada em 2005 pelas trabalhadoras e trabalhadores terceirizados da Dima, empresa contratada para limpeza da Usp. A partir de entrevistas com uma das principais protagonistas do conflito, Silvana - trabalhadora terceirizada, negra e mãe de família -, é reconstruída a história desta greve, em que os terceirizados se ergueram contra as péssimas condições de trabalho.
Estudos Feministas: por um direito menos machista
O livro é uma coletânea de artigos nos quais as discussões se dão de forma diversificada e para além do eixo pelo qual transitam – feminismos e direito. A criminologia, o direito penal, o direito civil, o direito internacional, a filosofia do direito, a história, a literatura, o direito do trabalho e a sociologia são campos ocupados para questionar a mulher como mero objeto de pesquisa. Rechaça-se a cooptação do feminino como algo a ser pensado, trabalhado, - desmitificado - e insurge-se propriamente por novas formas de pensar. A proposta é trazer, de forma crítica, os conceitos de liberdade impostos na sociedade que, a despeito de longos passos trilhados, ainda se constitui por caminhos desiguais e opressivos.