“O que queremos alertar é a importância de ser criança e de aproveitar tudo o que é oferecido para essa fase da vida para que, amanhã, sejam cidadãos formados e estejam preparados para ajudar a coletividade. Mas, agora, é hora de brincar, de aprender, de passear e de viver a infância plenamente. A hora de trabalhar vai chegar, mas é só no futuro”, destacou a desembargadora Mery Bucker, durante a conversa com os alunos.
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Os estudantes expuseram, na quadra da escola, desenhos produzidos em sala de aula, a partir de conversas sobre trabalho infantil com os professores. A partir de provocações da juíza Adriana Leandro, as crianças falaram sobre as características do trabalho infantil e seus diferentes tipos, responderam o que é a aprendizagem profissional e indicaram as profissões que desejam seguir.
“Ter essa troca com os alunos é sempre muito rico – tanto para eles quanto para nós. Nossa função é contribuir para o esclarecimento e para a formação, trazer conhecimento, estimular o pensamento deles para a causa e incentivar a permanência na escola, que é fundamental no combate ao trabalho infantil. Acredito que essa forma lúdica de interação, através da conversa e da cultura, pode trazer grandes mudanças para o futuro dos estudantes”, afirma Adriana Leandro.
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Após falar sobre diversidade e respeito, o procurador-chefe do MPT-RJ, João Berthier, também pontuou ser fundamental permanecer estudando para quebrar o ciclo do trabalho infantil. Criar pensamento crítico pela aquisição de conhecimento foi outro destaque de Berthier.
“A escola tem a ver, acima de tudo, com aprender a pensar com a própria cabeça. Isso vai permitir que vejam coisas certas e erradas no mundo, e saibam agir para manter o que é bom e acabar com o que é ruim. O trabalho deve vir só depois. Trabalhar é legal, mas trabalhar agora atrapalhará não só os alunos, mas o país. Fiquem na escola”, afirmou o procurador-chefe.
Os estudantes puderam assistir, ainda, a apresentação da Orquestra Maré do Amanhã. O objetivo foi mostrar a cultura como aliada da educação no desenvolvimento de crianças e jovens. Entre as canções, o grupo apresentou o “Rap da Felicidade”, de Cidinho e Doca, e “Show das Poderosas”, de Anitta.
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Elizabete Teixeira, gestora-geral do Ciep, julga importante que os alunos, desde novos, reflitam sobre a questão. “Queremos que as crianças saibam a relevância de terem a oportunidade de vivenciar a infância curtindo todos os momentos apropriados para a idade e poderem se preparar, ao longo dos anos, para o momento posterior, que é o mercado de trabalho. Ficamos muito felizes com o convite do Tribunal para a realização desse evento e por essa parceria”, disse.
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