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Magistrados conversam sobre futebol em Mesa Redonda da AMATRA1

Magistrados conversam sobre futebol em Mesa Redonda da AMATRA1
Dez magistrados do Trabalho participaram da Mesa Redonda da AMATRA1, neste domingo (2), para falar sobre o tema que é uma paixão nacional: o futebol. Com mediação de Laís Ribeiro, diretora da associação, foram escalados para o debate Mário Sérgio Pinheiro, Rafael Pazos e Rogério Lucas, representando o Botafogo; Nikolai Nowosh, pelo Flamengo; André Amorim e Fabiano Luzes, pelo Fluminense; Patrícia Lampert, pelo Grêmio; e Glener Stroppa e Jorge Lopes, pelo Vasco. A live foi transmitida pelo canal da AMATRA1 no YouTube e no perfil do Facebook.

“É uma missão desafiadora trazer um ‘bate-bola’, uma conversa informal com torcedores dos quatro grandes times do Rio e do Grêmio, como representante gaúcho. A live tem como objetivo falar um pouco sobre futebol e os times de cada um dos debatedores, mas não temos como fugir da questão de como a pandemia e o retorno das atividades do esporte, mais especificamente do futebol, estão sendo vistos pelos torcedores”, pontuou Laís.

Futebol e pandemia são antagônicas, na visão do desembargador Rogério. Ele destacou que o futebol é poderoso em todo o mundo, e que “não há nada mais planetário que o futebol”. “Estamos em um evento que também é planetário, a pandemia. Isso impactou muito o futebol, porque ele é aglomeração, contato nos estádios, reunião para ver os jogos. O mundo do futebol foi grandemente afetado.”

O botafoguense Mário Sérgio se solidarizou com os familiares das quase 100 mil vítimas da Covid-19 no Brasil e, assim como todos os demais participantes, destacou que o retorno dos campeonatos foi prematuro. Para Rafael Pazos, a volta do esporte deveria acontecer apenas quando o país apresentasse condições adequadas, assim como outros esportes e eventos esportivos estão fazendo.

“Houve uma pressão enorme para o retorno e sem respeito algum aos mortos, com jogos no Maracanã ao lado de um hospital de campanha. Isso me causou muita perplexidade. Fiquei orgulhoso porque o meu clube, assim como o Fluminense, se posicionou contra esse absurdo”, afirmou o botafoguense.

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Acompanhado da filha, Glener Stroppa disse ser um prazer conversar sobre futebol com os colegas em um momento delicado como o que passa o país. “Mas sou completamente contrário à volta do futebol. Assino embaixo do que todos disseram, porque não era o momento de voltar a jogar bola e voltar aos estádios. Fiquei até preocupado em ter a chance de liberarem acesso da torcida”, ressaltou.

Paixão pelo esporte

O tricolor André Amorim elogiou a iniciativa da associação, por diversificar os assuntos tratados nas transmissões. “Achei muito interessante e quis participar dessa live sobre futebol porque é um assunto que me interessa”, disse. 

“As pessoas às vezes acham que nós não falamos de outros assunto, mas só de Direito e julgamento. Acham que a gente só pensa em Direito do Trabalho. Isso faz parte do nosso dia a dia, mas também pensamos em outros diversos assuntos, entre eles o futebol. Que é a nossa paixão. Mas eu sou apaixonado mesmo é pelo Fluminense”, completou o também tricolor Fabiano Luzes.

Representando a região Sul do país, Patrícia Lampert falou sobre a origem de seu amor pelo tricolor gaúcho. 

“O esporte faz parte da minha vida e tem muitos ensinamentos envolvidos. Fico feliz em ser um time visitante no meio de tantos cariocas e poder expor essa minha paixão que é o futebol. Para mim, vai muito além do futebol, vem de família. E minha paixão pelo Grêmio vem da minha avó materna, que era a maior fanática que já conheci.”

Racismo no futebol

Outro tópico abordado na conversa foi o episódio de ofensa racial de um comentarista de rádio contra o jogador Marinho, do Santos, após a eliminação do clube no campeonato paulista. 

“Mais uma vez, temos que lidar com esse tipo de situação no futebol e no mundo, de maneira geral. É algo que precisa mudar e melhorar. Tem que ser tratado, debatido e falado para que possa ser mudado”, destacou o rubro-negro Nikolai.

O magistrado aposentado Jorge afirmou se orgulhar da história do Vasco contra a discriminação racial no futebol. “Sinto orgulho por ter sido o Vasco o clube que desenvolveu mais ainda o esporte. Porque, se não existissem os negros no futebol, talvez Pelé não estivesse aí. Até então, era um esporte de brancos.”

Veja a live na íntegra:

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