
“Precisamos estar unidos e conscientizar a sociedade sobre o que está acontecendo. O presidente Bolsonaro falou que se pudesse extinguiria a Justiça do Trabalho. Não podemos deixar que isto aconteça. Temos que nos manter unidos”, disse Callado. Segundo o presidente da AMATRA1, “não podemos permitir que ninguém interfira no movimento associativo sob qualquer alegação. Nosso dever estatutário e papel institucional é defender a Justiça do Trabalho”.
O procurador-chefe do MPT-RJ (Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro), Fábio Goulart Villela, também destacou a urgência em esclarecer e mobilizar a população sobre os retrocessos nos direitos humanos, sociais e trabalhistas. O MPT-RJ é responsável por ações de combate ao trabalho escravo. Segundo procurador-chefe, o órgão também corre risco de acabar. "Estamos lutando contra as ameaças ao Direito do Trabalho. Ameaças também ao Ministério Público do Trabalho. Se não nos mobilizarmos e o povo não despertar agora, amanhã será tarde."

Já o presidente da OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro), Luciano Bandeira, afirmou que a entidade estará sempre ao lado da advocacia trabalhista nas mobilizações contra propostas que restrinjam a atuação dos profissionais e reduzam direitos sociais.
"A mobilização da magistratura, dos advogados, dos membros do Ministério Público deve ser contínua: não podemos permitir que acabem com o acesso à Justiça pelos cidadãos. A advocacia trabalhista lutará. Não vamos recuar. A OAB vai estar sempre junto. Retrocessos de direitos não passarão!"
Na última sexta-feira (18), o presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministro Brito Pereira, informou que o Bolsonaro lhe garantiu, em conversa pessoal, que não há planos para extinguir a Justiça do Trabalho.

O coordenador nacional do Mati (Movimento dos Advogados Trabalhistas Independentes), Marcos Chehab, ressaltou que a ameaça do presidente Bolsonaro, em entrevista ao SBT, dia 3 de janeiro, foi explícita e que é preciso agir para evitar que a Justiça do Trabalho seja extinta.
"O presidente afirmou claramente que se houver clima ele vai acabar com a Justiça do Trabalho. Não podemos deixar que este clima aconteça. Temos que nos mobilizar", afirmou Chehab. Um novo ato está marcado para 30 de janeiro, na Central do Brasil, às 16h30.
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