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Trabalho infantil cai no país, indica pesquisa do governo federal

Trabalho infantil cai no país, indica pesquisa do governo federal
Levantamento da Auditoria Fiscal do Trabalho, órgão vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) revela que o trabalho infantil caiu 14,6% entre 2022 e 2023. Apesar da diminuição geral, 1,6 milhão de crianças e adolescentes ainda estão em situação de trabalho infantil.

A pesquisa traçou um panorama do trabalho infantil no Brasil entre 2022 e 2023, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc) do IBGE e revelou a redução nacional no número de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil no período.

Houve redução no número de casos na maior parte dos Estados - Amapá e o Rio Grande do Norte tiveram a maior índice, de 51,6% nos dois casos.

Entretanto ainda houve crescimento do trabalho infantil em cinco unidades federativas. Tocantins teve o maior aumento (45,2%), seguido pelo Distrito Federal (32,2%), Rio de Janeiro (19,7%), Amazonas (12%) e Piauí (6%).

Valter Campanato/Agência Brasil 

A elevação reforça a necessidade de estratégias direcionadas para lidar com as condições específicas da região, onde fatores socioeconômicos complexos podem influenciar a permanência de crianças e adolescentes em situações de trabalho irregular.

Em números absolutos, Minas Gerais e São Paulo lideraram em crianças e adolescentes nesta condição, com 213.928 e 197.470 menores, respectivamente. Os dois Estados concentram 25% das crianças e adolescentes nas piores formas de trabalho no Brasil.

O diagnóstico, elaborado pela Secretaria de Inspeção do Trabalho e coordenado pelo auditor fiscal José Tadeu de Medeiros Lima, é um instrumento preliminar para subsidiar o planejamento de ações estratégicas de combate ao trabalho infantil. 

Além de oferecer dados por Unidades Federativas, o levantamento busca orientar políticas públicas e iniciativas da rede de proteção a crianças e adolescentes no alcance da Meta 8.7 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que prevê a eliminação das piores formas de trabalho infantil até 2025.

Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O estudo ressalta a importância de um futuro acesso aos microdados do Censo 2022, que devem trazer informações detalhadas até o nível municipal, essenciais para aprimorar as ações de enfrentamento ao trabalho infantil. 

Os dados utilizados seguem a metodologia experimental adotada pelo IBGE desde 2016, que, embora esteja em fase de avaliação, fornece informações essenciais ao planejamento das políticas públicas voltadas para crianças e adolescentes.

Denúncias de trabalho infantil podem ser realizadas pelo Sistema Ipê, que integra os esforços nacionais para monitorar e erradicar o problema.

Com informações do MTE - Foto de capa: Valter Campanato/Agência Brasil.

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