Encontro coordenado pela juíza Aline Leporaci levou estudantes ao tribunal para vivenciar audiências e aprender sobre direitos, cidadania e acesso à Justiça
Uma manhã diferente no Colégio Estadual Vicente Jannuzzi virou aula prática de cidadania. Alunos trocaram a sala de aula pelas dependências do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região para entender, de perto, como funciona a Justiça do Trabalho. A visita na sexta-feira (10), orientada pela juíza Aline Leporaci, coordenadora regional do Programa Trabalho, Justiça e Cidadania (TJC), levou os jovens a acompanhar audiências, conhecer o dia a dia de uma Vara do Trabalho e descobrir como o acesso à Justiça acontece na prática.
Durante a experiência, os participantes acompanharam duas audiências trabalhistas — uma com oitiva de testemunha e outra em que o advogado não pôde comparecer — e observaram o papel dos juízes, advogados e partes no processo. Aline explicou aos jovens o trâmite de um processo trabalhista, o significado do valor da causa e as condições para ingressar com uma ação judicial. Segundo ela, a experiência permitiu que os estudantes “vissem de perto como a Justiça funciona” e compreendessem o que significa justiça social.
O grupo, composto por cinco alunas e a coordenadora da escola, chegou ao tribunal em vans disponibilizadas pelo TRT-1. “Não adianta eu, como juíza, ir à escola e falar o que é a justiça. Os alunos precisam ver como funciona, como é o acesso ao prédio e como as pessoas se portam”, observou a magistrada, explicando a motivação do passeio.
As perguntas mais recorrentes foram sobre os custos de um processo, a necessidade de acesso a um advogado e possíveis propostas de acordo. A juíza também abordou com os estudantes a inexistência de ‘listas sujas’ oriundas de processos trabalhistas que têm caráter sigiloso, justamente para a proteção das partes. “É importante os jovens verem como a justiça funciona e compreenderem que eles podem ter acesso à justiça independentemente de classe social”, pontuou a magistrada.
Aline Leporaci já havia organizado dois outros encontros no mesmo colégio e duas ações com comunidades de Manguinhos, envolvendo o projeto “Respeita as Mina” e uma iniciativa social voltada a crianças. No total, somadas outras iniciativas, esse foi o quinto encontro do ano sob sua coordenação. Para 2026, ela planeja ampliar as atividades e levar mais jovens a fóruns e tribunais do Rio de Janeiro.
O Programa Trabalho, Justiça e Cidadania, que completou 20 anos em 2024, adotou este ano o tema “TJC 2025: sustentabilidade e trabalho decente”, reforçando o compromisso de aproximar a Justiça do Trabalho da sociedade, por meio da formação cidadã.
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