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Do ouro no Rio a Salvador: Munif Sabila lembra Jogos da Anamatra e mira 15ª edição

 Juiz recorda desafios da corrida rústica no Aterro em 2023, e confirma presença em torneio que está com inscrições prorrogadas até 24 de setembro

O juiz Munif Saliba relembra os melhores momentos de sua participação na corrida rústica de 10 km, nos Jogos Nacionais da Anamatra de 2023, quando precisou conciliar os treinos com a rotina árdua de trabalho e os cuidados da filha recém-nascida. Apesar do desafio das provas, que naquele ano foram no Aterro, no Rio, ele completou a prova em 47 minutos e 42 segundos, conquistando o ouro da modalidade. Saliba confirmou presença no torneio de 2025 em Salvador, que está com inscrições prorrogadas até 24 de setembro.

Saliba detalha a preparação física, os momentos de superação na prova e o convívio entre colegas, ressaltando aprendizados que vão além do resultado final da competição. Segundo o juiz, os treinos exigiram adaptação às  mudanças que vinha enfrentando na vida pessoal e profissional. Nos dias que antecederam a corrida, ele concentrou-se em exercícios intervalados para recuperar parte do condicionamento perdido, sempre preservando o equilíbrio entre esforço e rotina familiar. 

“Nos últimos jogos, minha filha era  recém-nascida e eu tinha acabado de me titularizar em Angra, então foi bem complicado encaixar os treinos como eu gostaria”, afirmou Saliba que,  apesar das dificuldades,  terminou a corrida na primeira posição com um tempo bruto de 47 minutos e 44 segundos e tempo líquido de 47 minutos e 42 segundos.  

O magistrado destacou também a importância da estratégia durante a prova, em que optou por controlar o ritmo para não se desgastar cedo. “A sensação é sempre maravilhosa ao cruzar a linha de chegada, representando a AMATRA1, e ver muitos rostos conhecidos gritando muito na torcida”, recordou. 

Um dos momentos que exigiu maior concentração aconteceu no percurso final, quando outro colocado tentou acelerar, mas não conseguiu ultrapassá-lo. Segundo o magistrado, o clima competitivo deixou “um gostinho de quero mais” para as próximas competições.

O magistrado apontou que a experiência nos Jogos vai além do desempenho individual. Ele ressaltou o valor da integração entre colegas de diferentes regiões, o incentivo à saúde e à confraternização. “Os Jogos Nacionais da Anamatra são dias de muita união e amizade. Os vínculos que já existiam se fortalecem e novos se formam a cada torneio”, comentou.

Para os próximos jogos, Saliba aconselha dedicação aos treinos e presença ativa no evento, seja como competidor ou torcedor. “O primeiro conselho é que ninguém pode perder os Jogos, porque quem vai uma vez não deixa de ir mais. Vale participar mesmo que seja só para torcer e confraternizar. E  aqueles que vão competir devem realmente treinar”, pontuou. “Porque o treino sempre ajuda, inclusive na saúde e na qualidade de vida.”

A 15ª edição dos Jogos Nacionais da Anamatra acontece de 24 a 27 de outubro, em Salvador, com modalidades como futebol society, tênis, vôlei de praia, basquete e beach tennis.

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Maria das Graças Paranhos toma posse na Academia Internacional de Direito e Ética

 Cerimônia em Maceió que marcou chegada da  magistrada à instituição teve palestras sobre temas jurídicos e sociais contemporâneos

A desembargadora aposentada do TRT-1 e associada da AMATRA1 Maria das Graças Cabral Viegas Paranhos assumiu o posto de membro efetivo da Academia Internacional de Direito e Ética (AIDE), durante o III Simpósio da entidade, em Maceió (AL), no sábado (13). O evento teve palestras sobre ética, direito, meio ambiente e desafios sociais, e reuniu juristas, professores e parlamentares do Brasil e do exterior. A magistrada também recebeu homenagem por “relevantes serviços prestados à sociedade brasileira”. Para a nova acadêmica, o título simboliza o reconhecimento a valores que defendeu ao longo de toda sua carreira.

“Significa um reconhecimento a uma trajetória sempre pautada nos princípios da dignidade, moral, ética e da justiça”, disse Maria das Graças. 

O convite para integrar a Academia chegou em março de 2024, após aprovação unânime de seu nome em  assembleia. A posse estava inicialmente prevista para dezembro do ano passado, mas acabou adiada por motivos familiares. Outros três novos integrantes também foram empossados: Lúcia Pereira Valente Lombardi, procuradora federal da 3ª Região da PGF SP/MS; Antônio Rosário Niquice, parlamentar de Moçambique; e Edgar Jesus da Costa, advogado no Rio de Janeiro.

Maria das Graças destacou o papel da instituição na troca de conhecimentos entre juristas de diferentes áreas e países. “A ética é um princípio que deve ser parte integrante da dignidade da pessoa, deve estar presente em todas as suas ações e em todas as profissões, para que se possa agir com honestidade, integridade e justiça. A ética é um princípio que não deve ter fim”, destacou.

A magistrada listou como momentos marcantes do simpósio as conferências da advogada Ana Paula Krummer sobre a tragédia ambiental em Maceió causada pela extração de sal-gema; do parlamentar moçambicano Antônio Rosário Niquice a respeito da indústria extrativista na África e da conselheira da AIDE Valéria Aparecida Nogueira, que discutiu a violência contra a mulher em palestra intitulada “Homem Vítima ou Bandido”.

Segundo a desembargadora, a escolha de seu nome para a Academia Internacional de Direito e Ética reafirma a possibilidade da participação feminina em qualquer espaço institucional. Maria das Graças dedicou a posse a Deus, aos pais e ao presidente da AIDE, Hélio José Machado, responsável por sua indicação. “Representa uma grande conquista e a certeza de que nós mulheres poderemos ocupar qualquer posição profissionalmente, socialmente e nas Academias, desde que estejamos preparadas para ocupá-las”.

A magistrada ingressou na Justiça do Trabalho em 1975, como técnica-judiciária no TRT da 8ª Região, no Pará, e no ano seguinte tornou-se juíza substituta em Rio Branco, no Acre, enfrentando casos de trabalho escravo e infantil. Em 1982, foi aprovada em primeiro lugar no concurso para a magistratura do TRT da 1ª Região, no Rio de Janeiro, tribunal que presidiu entre 2015 e 2017. 

Ao longo da carreira, a juíza  ocupou  cargos de vice-corregedora, diretora do Centro Cultural, vice-presidente, integrante do Conselho Superior da Justiça do Trabalho e foi a primeira mulher eleita ouvidora da Corte. Aposentou-se em abril de 2023, após quase cinco décadas de atuação.

A Academia Internacional de Direito e Ética foi fundada em novembro de 2021, no Rio de Janeiro, sob a iniciativa do professor e advogado Antônio Francisco Costa. A entidade tem como objetivo promover eventos acadêmicos, colaborar com instituições de ensino e órgãos públicos, publicar obras científicas e desenvolver pesquisas voltadas ao direito e à ética. Já realizou simpósios em Cuiabá (MT), Brasília (DF) e, mais recentemente, em Maceió (AL).

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Ao Extra, Daniela Muller fala de denúncias sobre trabalho análogo à escravidão

 Dados do Ministério do Trabalho registram mais de 18 mil resgatados no Brasil entre 2015 e 2025

A presidenta da AMATRA1, Daniela Muller, chamou atenção, em entrevista ao jornal Extra, para o grave quadro de denúncias de trabalho análogo à escravidão no Brasil. Segundo ela, o problema tem raízes históricas que perpetuam uma realidade em que trabalhadores são mantidos em condição de inferioridade, enquanto seus exploradores obtêm ganhos econômicos abusivos. O alerta ocorre em meio à divulgação, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de que 18.618 pessoas foram resgatadas entre 2015 e 2025, sendo 1.866 apenas neste ano, em áreas rurais e urbanas.

De acordo com Daniela, apesar da legislação que criminaliza práticas como trabalhos forçados, jornadas exaustivas e restrição de locomoção, a violação de direitos tem sido contínua, contribuído para perpetuar injustiças. “Mais de cem anos após a abolição, persiste uma cultura que trata o trabalhador como de segunda classe”, afirmou a magistrada.

Dados do MTE revelam que, em 2025, 66% dos resgates ocorreram no meio urbano, com maior incidência em obras de alvenaria, fabricação de bebidas e cultivo de café. No trabalho doméstico, 18 pessoas foram encontradas em condições irregulares. Histórias levantadas pelo Extra, como as de Maria Santiago, de 77 anos, e Elza da Silva, de 80, mostram a vulnerabilidade de trabalhadoras que passaram décadas em residências do Rio de Janeiro sem salário e sem liberdade plena, até serem libertadas em operações de fiscalização.

Após o resgate, Maria e Elza foram encaminhadas para unidades da rede socioassistencial, onde receberam acolhimento e passaram a participar de atividades de fortalecimento de vínculos. Profissionais relatam que muitas vítimas chegam retraídas e com dificuldade de  compreender a gravidade da situação vivida, o que exige acompanhamento contínuo para reconstrução da autonomia.

O auditor-fiscal Marcelo Campos destacou que a efetividade da fiscalização depende da precisão das denúncias. Ele enumerou que informações sobre localização, tipo de atividade e total de trabalhadores vitimizados auxiliam no direcionamento das operações.

A Secretaria municipal de Assistência Social ressaltou que os processos de reinserção deixam clara a importância de políticas públicas que assegurem não apenas a retirada de pessoas da situação de exploração, mas também ofereçam o apoio necessário para que elas retomem o convívio social e exerçam plenamente seus direitos.

Com informações do Extra

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